Britânicos querem distância da política de agressão de Bush
Uma pesquisa divulgada hoje (6/9) revela que os britânicos acreditam que a melhor defesa contra o terrorismo é que o governo do Reino Unido deixe de apoiar a política de agressão contra o Oriente Médio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Publicado 06/09/2006 11:14
A pesquisa, publicada pelo jornal The Times, indica que 73% dos britânicos consideram que a política externa do governo de Tony Blair aumentou o risco de ataques terroristas no país, como os de julho do ano passado.
De acordo com a pesquisa, 62% dos entrevistados acreditam que, para reduzir o risco de futuros ataques terroristas, o governo deveria mudar de política e se distanciar dos EUA, ser mais crítico com Israel e estabelecer um calendário para a retirada das tropas britânicas do Iraque.
Quase três em cada quatro cidadãos criticam tanto o apoio britânico à invasão do Iraque como a recente negativa do primeiro-ministro Tony Blair em exigir de Israel um imediato cessar-fogo em sua agressão ao Líbano.
Por outro lado, 63% acreditam que os muçulmanos extremistas “odeiam a democracia e o sistema de vida ocidental e que eles encontrariam qualquer outra desculpa para suas atividades terroristas, mesmo que o governo mudasse de política”.
Apesar disso, 52% consideram que, “embora não haja nada que justifique o terrorismo”, a política externa do governo, principalmente em relação ao Iraque e ao conflito entre israelenses e palestinos, é “antiislâmica” e, por isso, “é compreensível que muitos muçulmanos se sintam ofendidos”.