Datafolha confirma favoritismo de Lula, que subiu para 51%

A terceira pesquisa Datafolha realizada após o início do horário eleitoral mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição do PT, se mantém à frente na corrida presidencial e com chance vencer no primeiro turno se a eleiçã

 


De acordo com a pesquisa, a taxa de intenção de voto de Lula oscilou de 50% para 51% –dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


 


Em seguida, e bem distante do favorito, aparece o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, cuja taxa de intenção de voto ficou estagnada em 27%. A candidata do PSOL, Heloisa Helena, caiu de 10% para 9%.


 


O Datafolha ouviu 7.724 eleitores em 349 cidades ontem e hoje. A pesquisa foi registrada no TSE.


 


Segundo turno


 


Num eventual segundo turno, Lula venceria com 55% das intenções de voto contra 37% de Alckmin. Na pesquisa anterior, Lula e Alckmin tinham os mesmos indíces da atual pesquisa. 


 


A pesquisa completa será divulgada na edição desta quarta-feira do jornal Folha de S.Paulo.


 


Péssima notícia para Alckmin


 


Logo após a divulgação da pesquisa pelo Jornal Nacional da Rede Globo, o jornalista da Folha, Kennedy Alencar, fez o seguinte comentário sobre os números do Datafolha:


 



Obviamente, a pesquisa é uma péssima notícia para o candidato da aliança PSDB-PFL, o tucano e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Lula variou positivamente de 50% para 51%. Alckmin ficou parado (27%). E Heloisa Helena oscilou negativamente de 10% para 9%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, as intenções de voto parecem congeladas. E isso é ótima notícia para Lula.




Nas últimas duas semanas, o petista conviveu com um cenário adverso. Na TV, Alckmin passou a bater pesado, relembrando o escândalo do mensalão. Os outros candidatos também atiraram no presidente.




No front econômico, o noticiário mostrou aumento do desemprego, desaceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre e ameaças de demissão da Volkswagen no ABC paulista, o berço do PT. Nada disso abalou o presidente, cujo prestígio se manteve inabalado apesar da tempestade.




Se Lula não perdeu cacife numa conjuntura assim, o que poderia miná-lo? O presidente continua batendo recorde de intenção de voto no Nordeste, sua fortaleza em 2006. Os mais pobres continuam a votar maciçamente nele. E um dado da pesquisa ajuda a reforçar a hipótese de que a reeleição de Lula é quase certa.




O presidente atingiu 41% na intenção de voto espontâneo. Essa fatia do eleitorado disse que escolheria o petista antes de ver a lista com os nomes dos candidatos. É um recorde no Datafolha em eleições para o Palácio do Planalto desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger um presidente pelo voto direto após 29 anos.”


 


Da redação