Genéricos estão 40% mais baratos, outros remédios não

De acordo com Paola Zuchi, os preços dos medicamentos de marca se mantiveram em parte estáveis ou, em outros casos, registraram elevação. O resultado, segundo ela, faz parte de uma pesquisa desenvolvida pela universidade, que revelou também pouca influência nos preços dos remédios considerados de referência.

Mudança “de cultura”

Paola disse que os genéricos respondem por cerca de 13% a 15% das vendas no mercado brasileiro, o restante fica por conta dos medicamentos de marca ou similares. “Algumas empresas trabalham especificamente com genéricos e outros laboratórios têm linha de genéricos além da linha com produtos de referência”, explicou.
Para a pesquisadora existe uma grande concorrência entre os genéricos, os similares e os de referência ou de marca. Embora considere o mercado “bastante vivo”, Paola Zuchi defendeu mais esclarecimento dos profissionais de saúde para a prescrição de medicamentos genéricos.

 “É preciso haver ainda uma educação dos profissionais de saúde para que eles orientem os seus pacientes”, disse. Segundo ela, é preciso que os médicos prescrevam mais medicamentos genéricos. “Para isso, é preciso que sejam educados, que mude um pouco essa cultura, porque os genéricos são remédios tão bons quanto os de marca”.