Embaixador brasileiro critica TLC do Uruguai com os EUA

“Enquanto não tivermos conhecimento do formato que terá o entendimento comercial, seguirá a dúvida e, na minha opinião, é incompatível” com o Mercosul, disse o diplomata à imprensa.

Embora o bloco regional composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela exija a negociação conjunta de acordos com terceiros países, o Uruguai promove uma nova estratégia de inserção internacional diante os escassos avanços do Mercosul.

Nesse contexto, Uruguai e Estados Unidos exploram a possibilidade de ampliar seus laços comerciais, inclusive mediante a assinatura de um acordo de livre comércio, após a vontade já expressa pelos presidentes Tabaré Vázquez e George W. Bush em maio passado.

Cautela
Ao ser consultado sobre o pedido de flexibilidade feito pelo governo uruguaio na cúpula do bloco realizada em julho, na cidade argentina de Córdoba, como forma de compensar as assimetrias econômicas dos países menores, Felicio foi claro em sua resposta.

“Preferimos manter a resolução do Mercosul e negociar em conjunto, mas se houver países que queiram fazê-lo, estudaremos caso a caso”, disse o embaixador.

Já o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, confirmou no começo desta semana que pediu um encontro com seu colega Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Mercosul, para tratar dos contatos com os EUA.