EUA insistem em bloquear negociações com a Coréia do Norte

A insistente posição dos Estados Unidos em não suspender sanções unilaterais impostas contra empresas da República Popular Democrática da Coréia faz com que o país asiático não retorne à mesa de negociações, sobre a questão nuclear da Península Coreana

Pyongyang afirma que “não mudará de posição”. As negociações nucleares multilaterais (China, as duas Coréias, EUA, Rússia e Japão) estão estagnadas desde novembro de 2005. “A Coréia do Norte quer cumprir suas obrigações dentro de um plano equitativo. O cumprimento é bom para nós, e por isso queremos retomar as negociações”, afirma.


 


Segundo a declaração conjunta divulgada ao fim da quarta rodada de negociações multilaterais em Pequim, em setembro de 2005, “a Coréia do Norte se comprometia a abrir mão de seu programa nuclear em favor da coexistência pacífica, desde que os EUA abandonassem sua política hostil”.


 


“Washington insiste em ampliar as sanções, campanha destinada a desacreditar a Coréia do Norte”, afirmam as autoridades da RPDC.


 


“Desde que o presidente George W. Bush anunciou as sanções, em setembro de 2005, o Ministério das Finanças dos EUA enviou ao Vietnã e a outros países do sudeste asiático seus vice-ministros, que pediram aos diferentes Governos que congelassem todas as operações financeiras da Coréia do Norte”, afirmou a nota.


 


“Washington investiga ainda as contas bancárias da Coréia do Norte em dez países”, diz o comunicado do Ministério de Exteriores da Coréia do Norte.


 


Há um ano, para forçar a estagnação da negociação, Washington impôs o bloqueio sanções financeiras a 13 companhias norte-coreanas e a um banco de Macau, acusando o país de “lavar dinheiro” do “narcotráfico”. Os EUA também acusaram a RPDC de “falsificar dólares”. Nenhuma evidência foi mostrada e o país asiático vem denunciando há 8 meses a intransigência dos EUA.