CUT completa 23 anos em meio à sua luta por renovação

Com as incríveis marcas de 3.489 entidades filiadas, 7.690.598 sócios e 22.533.798 trabalhadores representados, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) completa 23 anos nesta segunda-feira (28/8). O aniversário ocorre num momento desafiante para a maio

Da fundação (em 28 de agosto de 1983) até os dias hoje, a CUT esteve à frente das principais lutas travadas pelas classes trabalhadoras do campo e da cidade, seja na relação capital/trabalho, seja na luta pela redemocratização do Brasil e no enfrentamento ideológico de projetos para o país.


 


Antonio Marques, coordenador do Cedoc (Centro de Documentação) da CUT, elaborou uma sucinta cronologia das principais lutas realizadas desde a Conferência das Classes Trabalhadoras (Conclat), em 1981, quando surgiu a comissão pró-CUT. ''A sua apresentação'', diz Antonio, ''tem um objetivo apenas referencial, sendo que o aprofundamento das pesquisas pode ser feito no Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT''. Veja abaixo a lista das atividades.


 



 


1981
1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CLASSES TRABALHADORAS (CONCLAT)
SURGE A COMISSÃO NACIONAL PRÓ-CUT
21 A 23 DE AGOSTO DE 1981
A 1ª CONCLAT, realizada nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981, na Praia Grande, SP, reuniu 5.030 delegados de todo o país, sendo a primeira grande reunião intersindical realizada no Brasil desde 1964. No temário do congresso constava a discussão sobre direito ao trabalho, sindicalismo, saúde e previdência social, política salarial, política econômica, política agrária e problemas nacionais. No plano de ação foi aprovado à convocação de um dia nacional de luta para 1.º de outubro e a indicação de uma greve geral. A CONCLAT deliberou pela criação da Comissão Nacional Pró-CUT. 


 


DIA NACIONAL DE LUTA
1º DE OUTUBRO DE 1981
Primeira manifestação, em âmbito nacional, convocada pela Comissão Nacional Pró-CUT. O manifesto entregue ao militares, em Brasília, exigia o fim do desemprego, da carestia, reforma agrária, direito à moradia, liberdade e autonomia sindicais, e por liberdades democráticas. Ocorreram manifestações em vários estados, com maior expressão no Rio de Janeiro, no Largo da Carioca, e em São Paulo, na Praça da Sé, que reuniram em torno de 5 mil pessoas cada uma.


 


1982
PROTESTO CONTRA O PACOTE DA PREVIDÊNCIA – DECRETO LEI 1910
02 DE JUNHO DE 1982
Grande manifestação em Brasília convocada por 388 entidades sindicais e 4 confederações nacionais de trabalhadores contra o Decreto Lei 1910, sobre a Previdência Social. As mobilizações se estenderam até o dia 16/06 – data da votação do projeto na Câmara Federal.


 


1983
GREVE GERAL
21 DE JULHO DE 1983
A greve geral contra o arrocho salarial foi organizada pela Comissão Nacional Pró-CUT e paralisou cerca de 3 milhões de trabalhadores de importantes categorias, como metalúrgicos, comerciários, bancários, metroviários, servidores públicos, etc. Ocorreram grandes manifestações públicas nas principais capitais e regiões metropolitanas, com passeatas, arrastões e piquetes. O governo militar reprimiu duramente, intervindo em sindicatos, cassando dirigentes e prendendo trabalhadores.


 


1º CONGRESSO NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA
NASCE A CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
26 A 28 DE AGOSTO DE 1983
O congresso foi convocado pelo setor combativo da Comissão Nacional Pró-CUT e realizou-se em São Bernardo do Campo, SP. Participaram mais de 5 mil delegados de todo o país que exigiram o fim da Lei de Segurança Nacional e Eleições Diretas para presidente da república. Além disso, aprovaram o combate as políticas econômica e salarial do governo, a luta contra o desemprego, pela reforma agrária, em defesa da liberdade e autonomia sindical, com o fim das intervenções nos sindicatos. Foi aprovada a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e eleita uma direção nacional colegiada, tendo como coordenador geral o metalúrgico Jair Meneguelli.


 


1984
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT – LUTA PELAS DIRETAS JÁ!
18 DE MAIO DE 1984
A Plenária Nacional aconteceu na cidade de  São Paulo e reuniu delegações de 18 estados. Os delegados fizeram um balanço da atuação e do crescimento da CUT. A Plenária reafirmou a posição de exigir o boicote dos parlamentares ao Colégio Eleitoral e definiu o dia 25 de maio como o Dia Nacional de Luta e Greve Geral, como forma de retomar a luta pelas Diretas Já para presidente da república.


 


1º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
24 A 26 DE AGOSTO DE 1984
Também realizado em São Bernardo do Campo, SP, com a presença de 5.222 delegados de todo o Brasil. O Concut, como passou a ser chamado, avaliou o primeiro ano de implantação da CUT e a situação econômica e social do país. Suas principais resoluções foram à organização de uma campanha nacional de luta em torno das reivindicações imediatas, a luta pelas Diretas Já, a definição da greve geral como principal instrumento de luta dos trabalhadores. Foi eleita a direção nacional da CUT, tendo como primeiro presidente Jair Meneguelli.  


 


MARCHA À BRASÍLIA POR DIRETAS  JÁ
10 DE OUTUBRO DE 1984
A Marcha foi organizada pela CUT e agregou outras reivindicações: pela reforma agrária, salário desemprego, reajuste trimestral e contra o decreto-lei 2.065 que arrochava os salários. Os trabalhadores manifestaram-se nas plenárias do Congresso Nacional e entregaram aos deputados o projeto de redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais. A marcha serviu também para o lançamento da ''Campanha Nacional de Luta'' pela conquista das 40 horas semanais sem redução de salário.


 


1985
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
13 A 15 DE DEZEMBRO DE 1985
A plenária foi realizada em São Bernardo do Campo, SP, e reuniu 232 delegados que aprovaram a execução de uma campanha nacional de lutas com as seguintes reivindicações: Constituinte livre e soberana, reforma agrária, entre outros pontos. Aprovou também um modelo de organização sindical baseada na Convenção 87 da OIT, que seria encaminhado para discussão ao 2º Concut.


 


1986
2º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
01 A 03 DE AGOSTO DE 1986
O 2º Concut, na cidade do Rio de Janeiro, reuniu 5.564 delegados que discutiram a conjuntura econômica e política do país, o projeto de nova estrutura sindical e mudanças estatutárias. As principais resoluções foram à luta pela recuperação das perdas salariais impostas pelo Plano Cruzado, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, direito de greve, reforma agrária e participação popular na Constituinte. Jair Meneguelli foi reeleito presidente da CUT.
 


GREVE GERAL
12 DE DEZEMBRO DE 1986
A greve geral foi convocada pela CUT e CGT (Central Geral dos Trabalhadores) em defesa do salário, pelo congelamento geral dos preços, em defesa das estatais, contra o Plano Cruzado e o pagamento da dívida externa. Contou com a adesão de 25 milhões de trabalhadores que realizaram manifestações por todo o país, em algumas regiões, como no ABC paulista, a paralisação foi total.


 


1987
PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
05 A 07 DE JUNHO DE 1987
A Plenária, em São Bernardo do Campo, SP, reuniu  227 delegados, que aprovaram a deflagração de uma Jornada Nacional de Lutas como preparação à greve geral e a intensificação da coleta de assinaturas de apoio às propostas populares de emendas à Constituição.


 


GREVE GERAL
20 DE AGOSTO DE 1987
A greve geral, organizada pela CUT e CGT, protestava contra o Plano Bresser que arrochava os salários. Milhões de trabalhadores, novamente, cruzaram os braços. Em várias capitais e grandes cidades ocorreram manifestações.


 


1988
CAMPANHA NACIONAL DE RECOMPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS
MARÇO DE 1988
A Campanha reivindicava reposição salarial, segundo a tabela do DIEESE, reajuste mensal de salários, jornada de 40 horas semanais, estabilidade com garantia no emprego, liberdade de organização no local de trabalho, contrato coletivo de trabalho e unificação das datas base. No dia 15 de março, a CUT entregou pautas de reivindicações aos governos Federal e Estaduais e realizou manifestações em várias regiões do país.


 


3º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
07 A 11 DE SETEMBRO DE 1988
O Congresso reuniu 6.244 delegados, em Belo Horizonte, MG. Os delegados discutiram a conjuntura, as tarefas da CUT para o próximo período, concepção e prática sindical, além de questões organizativas. Foi o maior encontro sindical ocorrido no Brasil em todos os tempos. Jair Meneguelli foi novamente reeleito presidente da Central.   


 


1989
GREVE GERAL
14 E 15 DE MARÇO DE 1989
A CUT e a CGT se uniram para a realização desta greve geral contra o Plano Verão, a recessão e o desemprego, pela recuperação das perdas salariais e reajuste mensal de salários de acordo com a inflação, além do congelamento real dos preços dos produtos de primeira necessidade. Cerca de 35 milhões de trabalhadores aderiram ao movimento com grandes manifestações nas capitais e regiões metropolitanas.


 


PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
04 A 06 DE AGOSTO DE 1989
A Plenária foi realizada em São Bernardo do Campo, SP, com a presença de 202 delegados. Eles aprovaram um plano de lutas contra a inflação e a especulação, em defesa do salário, pela reforma agrária e o não pagamento da dívida externa. No plano de ação constava a preparação de uma nova greve geral e a unificação das campanhas salariais..


 


1990
GREVE NACIONAL DAS CATEGORIAS EM LUTA
10 DE JUNHO DE 1990
Esta greve foi organizada pela CUT, Confederação Geral dos Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores, e reivindicou a garantia da reposição mensal da inflação e das perdas salariais, fim das demissões, contrato coletivo de trabalho, desapropriação das terras cadastradas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), defesa dos serviços públicos e não pagamento da dívida externa. Ocorreram manifestações nas grandes cidades de diversos estados.


 


PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
17 A 19 DE AGOSTO DE 1990
A Plenária, realizada em Belo Horizonte, MG, contou com a participação de 168 delegados que aprovaram uma campanha em defesa dos salários, do emprego, do patrimônio público, da democracia e da reforma agrária. Como parte do Plano de Ação foi aprovada a realização de uma ''Campanha Salarial Nacional Unificada'' de todos os trabalhadores da base sindical da CUT e articulada com todos os setores populares e democráticos organizados da sociedade civil.


 


DIA NACIONAL DE LUTA PELA SEGURIDADE SOCIAL
07 NOVEMBRO DE 1990
A CUT, a Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM), a Plenária Nacional de Saúde, e diversas entidades da sociedade civil realizaram neste dia manifestações contra os vetos do presidente Fernando Collor à Lei Orgânica da Seguridade Social. Num corpo a corpo com os parlamentares os militantes reivindicaram o voto a favor dos direitos dos trabalhadores.


 


1991
JORNADA DE ABRIL CONTRA O GOVERNO COLLOR
ABRIL DE 1991
Em defesa da previdência social, aposentadoria por tempo de serviço, saúde pública gratuita, defesa do serviço e ensino públicos e pela reforma agrária. Realização de assembléias em todas as instâncias da CUT, passeatas e atos públicos em todo o país, culminando em grandes manifestações populares no dia 1.º de Maio.   


 


GREVE GERAL
22 E 23 DE MAIO DE 1991
Convocada pela CUT, Confederação Geral dos Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores, pela reposição das perdas salariais, garantia de emprego, defesa dos serviços públicos, reforma agrária, fim do aumento abusivo nos preços dos aluguéis e prestações da casa própria e defesa da democracia. Várias categorias paralisaram suas atividades, reunindo cerca de 19,5 milhões de trabalhadores. Houve protestos nas capitais e cidades das regiões metropolitanas.


 


4º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
04 A 08 DE SETEMBRO DE 1991
O 4º Concut foi realizado na cidade de0 São Paulo e reuniu 1.554 delegados. Eles aprovaram um plano de lutas de combate ao projeto neoliberal do governo Collor, contra o veto presidencial à política salarial e contra as privatizações das estatais. Também foram discutidos novos temas como a integração regional e o Mercosul e a reestruturação produtiva. Mais uma vez,  Jair Meneguelli foi reeleito à presidência da Central.


 


1992
DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA
21 DE FEVEREIRO DE 1992
Neste mesmo dia os aposentados também organizaram o ''Dia Nacional de Lutas dos Aposentados em Defesa da Previdência Social'' e pelo pagamento do reajuste de 147,06% expurgado pelo governo Fernando Collor. Em todo o Brasil ocorreram atos públicos e outras formas de mobilizações e protestos.


 


DIA NACIONAL DE PROTESTO – DIGA NÃO AO GOVERNO COLLOR
13 DE MARÇO DE 1992
A ''Campanha Nacional Por uma Vida Melhor, com Liberdade e Democracia'' foi promovida pela CUT, por partidos políticos e movimentos sociais e teve seu auge no dia 13 de março, quando o governo Collor completou dois anos. Entre as reivindicações constavam salário e emprego para todos, defesa das estatais e do serviço público, reforma agrária, contra a violência e a corrupção, contra o FMI e o não pagamento da dívida externa. Ocorreram manifestações em todo o país, sendo que em São Paulo um ato público reuniu 10 mil pessoas.


 


5º PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
15 A 18 DE JULHO DE 1992
A Plenária aconteceu em São Paulo, SP, com a presença de 297 delegados e decidiu sobre temas polêmicos como a filiação da CUT à Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres (CIOSL), a participação da CUT nas Câmaras Setoriais, a substituição dos Departamentos da CUT por Federações/Confederações por ramos de atividades. Também decidiu pela realização da Campanha Nacional de Luta por salário, emprego e reforma agrária. Foram aprovadas as seguintes palavras de ordem: Basta de Corrupção! CPI prá valer! Impeachment já! Pelo Fim do Governo Collor!


 


CAMPANHA PELO IMPEACHMENT DE COLLOR – MOVIMENTO PELA ÉTICA NA POLÍTICA
JUNHO – OUTUBRO DE 1992
A campanha nacional pelo impeachment de Collor reuniu a CUT, partidos políticos e movimentos sociais. Todos pediam ética na política, voto aberto dos deputados no processo de impeachment e o fim da corrupção. As manifestações ocorreram nas principais cidades de cada estado, entre julho e outubro, onde juntaram milhares de pessoas. A campanha culminou com o afastamento de Fernando Collor da presidência da república.


 


1993
6ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
24 A 28 DE AGOSTO DE 1993
Ao completar 10 anos de existência a CUT realizou esta Plenária em São Paulo, SP, com a presença de 349 delegados. As principais resoluções foram à participação ativa na ''Campanha contra a Fome e a Miséria'', a confirmação da participação da CUT nas Câmaras Setoriais, o combate à revisão constitucional e a aprovação da cota mínima de 30% de mulheres nas instâncias de direção da Central.


 


MOVIMENTO NACIONAL  CONTRA A REVISÃO CONSTITUCIONAL
SETEMBRO – NOVEMBRO DE 1993
Movimento organizado pela CUT, partidos políticos, movimentos sociais e outras centrais sindicais contra a reforma constitucional da Carta de 1988. Ocorreram manifestações, um plebiscito nacional e atos públicos em várias localidades contra a retirada dos direitos dos trabalhadores da Constituição.


 


1994
DIA NACIONAL DE PROTESTO CONTRA O PLANO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
23 DE MARÇO DE 1994
Atendendo à convocação da Direção Nacional da CUT, milhares de trabalhadores foram às ruas no dia 23 de março protestar contra mais um arrocho salarial provocado pelo plano de estabilização econômica do governo Itamar Franco e do seu ministro Fernando Henrique Cardoso (FHC), que instituiu a Unidade Real de Valor (URV). Ocorreram greves e manifestações por todo o país.
 
JORNADA NACIONAL DE LUTA
ABRIL – MAIO  DE 1994
Este foi um período de intensa agitação contra o plano econômico do ministro Fernando Henrique Cardoso, contra as privatizações e a revisão constitucional. Os servidores públicos federais fizeram greve no mês de abril. No dia 11 de maio aconteceu um dia nacional de luta em defesa das reivindicações, com manifestações em todo o país. A CUT, a CONTAG, o MST e outros movimentos sociais organizaram, em maio, o 1º Grito da Terra Brasil contra a fome, a miséria, pelo emprego e reforma agrária.


 


5º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
19 A 22 DE MAIO DE 1994
Participaram do congresso, em São Paulo, SP, 1.918 delegados que aprovaram a luta pela recuperação dos salários, pela redução da jornada de trabalho, por moradia, saúde e emprego dignos, reforma agrária e por um novo modelo econômico para o Brasil. O congresso também priorizou as lutas nas questões de gênero e política racial. O metalúrgico Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, foi eleito presidente da CUT.


 


1995
CAMPANHA NACIONAL CONTRA AS REFORMAS NEOLIBERAIS DE FHC
MARÇO – MAIO DE 1995
A campanha teve como um dos eixos principais à defesa da Previdência Pública. Nos dias 05 e 27 de abril aconteceram manifestações em todo o Brasil. O dia 1º de Maio refletiu a insatisfação popular contra as reformas neoliberais. No dia 03 de maio teve início a greve dos trabalhadores do setor público e das estatais, sobretudo dos petroleiros, com duração de 32 dias, considerada a  principal luta de resistência à política de privatizações do Estado que estava sendo promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).


 


7ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT – ZUMBI DOS PALMARES
30 DE AGOSTO A 02 DE SETEMBRO DE 1995
Nesta Plenária realizada em São Paulo, SP, a CUT e os 369 delegados homenagearam o líder negro Zumbi, que viveu no século XVII e comandou a resistência à escravidão no Nordeste brasileiro. Uma das principais resoluções tratou do Sistema Democrático de Relações do Trabalho, que pretendia modernizar a legislação sindical do país. Um momento importante foi o ato de filiação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) à CUT.


 


1996
GREVE NACIONAL PELA MANUTENÇÃO DOS DIREITOS
21 DE  JUNHO DE 1996
A greve nacional contra as políticas liberais de FHC foi deflagrada com sucesso em todo o país. Organizada pela CUT, CGT e Força Sindical, tinha como principais reivindicações: emprego, salário, aposentadoria digna, reforma agrária e manutenção dos direitos sociais dos trabalhadores. Aproximadamente 12 milhões de trabalhadores paralisaram os serviços..


 


8ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT – CANUDOS
29 A 30 DE AGOSTO DE 1996
Esta Plenária homenageou Canudos, movimento popular que aconteceu no Nordeste brasileiro nos últimos anos do século XIX Os 371 participantes, reunidos em São Paulo, SP, discutiram e aprovaram a realização da campanha ''Reage Brasil – Contra as Políticas Neoliberais de FHC''. A CUT apresentou aos movimentos sociais organizados a proposta de realização de uma Conferência Nacional em Defesa da Terra, do Emprego e da Cidadania. 


 


1997
CAMPANHA REAGE BRASIL – CONTRA AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS DE FHC
ABRIL – MAIO DE 1997
Teve continuidade à ''Campanha Reage Brasil, Contra as Políticas Neoliberais de FHC''. Entre os dias 2 e 4 de abril foi realizada, em Brasília, a Conferência Nacional em Defesa da Terra, do Emprego e da Cidadania, dando origem ao Fórum Nacional de Lutas. No dia 17 de abril aconteceu o Dia Nacional de Lutas, marcado por manifestação, paralisações e um grande ato em Brasília com mais de 50 mil pessoas. O 4º Grito da Terra Brasil, organizado pela CUT, CONTAG e outras entidades, também fez parte dessa campanha e teve como principais reivindicações o piso salarial para o trabalhador rural, política de assentamentos e desapropriações e política agrícola para os pequenos produtores.


 


CAMPANHA ABRA O OLHO, BRASIL!!!
25 DE JULHO DE 1997
Campanha por trabalho, terra, moradia, salário, previdência pública e justiça social e contra as reformas neoliberais de FHC e que foi organizada pela CUT, entidades sociais e partidos políticos de oposição. O seu auge foi nas comemorações do dia do trabalhador rural, 25 de julho, com atos públicos e passeatas em todo o país.


 


6º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
13 A 17 DE AGOSTO DE 1997
Os 2.266 delegados presentes no congresso realizado em São Paulo, SP, decidiram articular a luta contra a aprovação das reformas administrativa e previdenciária de FHC e impulsionar a luta contra o desemprego e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Mais uma vez a política econômica e neoliberal do governo FHC foi condenada. Vicentinho é novamente conduzido a presidência da CUT.


 


CARAVANA NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
06 A 12 DE NOVEMBRO DE 1997
Passando por mais de 300 cidades em todo território nacional, a caravana em defesa dos direitos dos trabalhadores, em especial a Previdência Pública, terminou em Brasília com uma grande carreata que percorreu vários órgãos do governo, incluindo o Palácio do Planalto e os Ministérios.


 


ENCONTRO POPULAR CONTRA O NEOLIBERALISMO, POR TERRA, TRABALHO E CIDADANIA
06 DE DEZEMBRO DE 1997
Convidados pela CUT, entidades populares, partidos políticos de oposição e outros setores organizados da sociedade, cerca de 4 mil delegados de todos os estados brasileiros participaram deste encontro, em São Paulo, SP, para organizarem as lutas contra as políticas neoliberais de FHC. Foi aprovado o Manifesto por Trabalho, Terra e Cidadania e as entidades presentes constituíram uma Coordenação Permanente para o Fórum Nacional de Lutas.


 


1998
JORNADA NACIONAL DE LUTAS POR EMPREGO E DIREITOS SOCIAIS
MARÇO A SETEMBRO DE 1998
Durante esta Jornada, a CUT e as demais entidades do Fórum Nacional de Lutas concentraram seus esforços na luta contra o desemprego. Foram constituídos Fóruns Estaduais de Luta, organizadas caravanas para Brasília, montados acampamentos e também foi criado um sistema para o cadastramento dos desempregados. O auge das manifestações aconteceu no mês de maio: dia 1º houve o lançamento das caravanas, no dia 13 teve início o acampamento organizado pelo movimento negro, em Brasília, e no dia 20 aconteceu um grande ato público, também no Distrito Federal.


 


MARATONA NACIONAL CONTRA O PACOTE E PELO EMPREGO
DIA 13 DE NOVEMBRO DE 1998
A CUT e as demais entidades do Fórum Nacional de Lutas promoveram, em todo o Brasil, atos públicos, passeatas, reuniões e panfletagens em repúdio ao Pacote Fiscal do governo FHC e em defesa do emprego e dos trabalhadores.


 


1999
DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA DO BRASIL
26 DE MARÇO DE 1999
O Dia Nacional de Luta organizado pela CUT e Fórum Nacional de Lutas, contra a política econômica de FHC, reuniu mais de 100 mil pessoas em manifestações em todo o território nacional. As reivindicações: basta de FHC e do FMI, em defesa do emprego, em defesa dos salários e pela valorização do salário-mínimo, em defesa da terra, pela efetiva reforma agrária, serviram para mobilizar a convocação do  dia 1º de Maio em todo o país. 


 


9ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT – SANTO DIAS
17 A 20 DE AGOSTO DE 1999
A 9ª Plenária Nacional da CUT homenageou o metalúrgico Santo Dias, assassinado durante uma greve, em São Paulo, em 1979. Os 454 delegados reunidos em São Paulo, SP,  aprovaram a organização de uma série de mobilizações, entre elas a Marcha dos 100 mil sobre Brasília. Também aprovaram a mobilização contra a guerra fiscal, um dia nacional de paralisação em outubro e o repúdio à implantação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).


 


MARCHA DOS 100 MIL SOBRE BRASÍLIA
26 DE AGOSTO DE 1999
A Marcha dos Cem Mil foi a principal manifestação, movida até então, contra a política neoliberal de FHC. A CUT e as entidades do Fórum Nacional de Lutas entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados um abaixo-assinado com 1 milhão e 300 mil assinaturas exigindo o enquadramento de FHC em crime de responsabilidade e a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional para investigar a privatização do Sistema Telebrás. Também era exigida a mudança da política econômica com a retomada do crescimento, empregos e melhores salários, a redução da jornada para 40 horas semanais e a reforma agrária.


 


DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO E PROTESTO EM DEFESA DO EMPREGO E DO BRASIL
10 DE NOVEMBRO DE 1999
Este dia nacional de luta, convocado pela CUT e pelo Fórum Nacional de Lutas, contou com a participação de aproximadamente 1,5 milhão de trabalhadores que se manifestaram em todo o país. As principais reivindicações eram: contra FHC e sua política econômica, por emprego, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, saúde e educação de qualidade, reforma agrária, aposentadoria integral para todos, investimento nas áreas sociais e pelo não pagamento da dívida externa.


 


2000
JORNADA EM DEFESA DO BRASIL
ABRIL DE 2000
A CUT e o Fórum Nacional de Lutas desencadearam esta jornada exigindo a suspensão do pagamento da dívida externa e dos seus juros; a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário; reforma agrária e política agrícola, aumento geral dos salários e do salário-mínimo; defesa dos direitos dos trabalhadores; fortalecimento e expansão das redes públicas de saúde e do ensino e a construção de casas populares. A primeira etapa da jornada culminou com a realização de grandes atos de 1º de Maio, tendo como referência nacional o Ato no histórico Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, SP.


 


7º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
15 A 19 DE AGOSTO DE 2000
Realizado em Serra Negra, SP, com a presença de 2.309 delegados, o congresso aprovou campanhas de lutas contra a precarização do trabalho, a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, contra o banco de horas e as horas-extras. Novamente a política neoliberal do governo FHC foi duramente condenada. O professor João Antonio Felício foi eleito o novo presidente da CUT.


 


2001
MARCHA À BRASÍLIA PELA INSTALAÇÃO DA CPI DA CORRUPÇÃO
05 DE ABRIL DE 2001
No dia 05 de abril mais de 20 mil pessoas protestaram, em Brasília, pela instalação da CPI da Corrupção e também pelo pagamento imediato e sem desconto da correção das contas expurgadas do FGTS e por reajustes salariais aos servidores públicos, que estavam com os salários congelados há sete anos. A mobilização foi organizada pela CUT e pelo Fórum Nacional de Lutas e também reuniu outros setores organizados da sociedade civil.


 


CAMPANHA UMA LUZ PARA O BRASIL – CONTRA O APAGÃO E A CORRUPÇÃO
27 DE JUNHO DE 2001
A Marcha à Brasília organizada pela CUT e pelo Fórum Nacional de Lutas tinha como eixos de mobilização as palavras de ordem ''Xô Corrupção, Chega de Privatização e de FHC''. Mais de 60 mil pessoas fizeram passeata e ocuparam a Esplanada dos Ministérios exigindo o fim do apagão, condenando a política de racionamento de energia devido à falta de investimentos, e denunciando a corrupção. Mais uma vez a política econômica de FHC foi condenada como a verdadeira causadora da crise social.


 


2002
DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A FLEXIBILIZAÇÃO DA CLT
21 DE MARÇO DE 2002
Contra as reformas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), propostas por FHC, que retirava direitos assegurados aos trabalhadores. Ocorreram paralisações, manifestações e. passeatas em todo o país. Todas essas mobilizações conseguiram impor uma derrota ao governo e no seu Ministro do Trabalho e também na Força Sindical, que defendiam a flexibilização na legislação trabalhista. 


 


10ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
08 A 11 DE MAIO DE 2002
Os 414 delegados reunidos, em São Paulo, SP, discutiram e aprovaram temas relativos à estrutura sindical, as políticas permanentes da Central, questões estatutárias e reafirmaram o compromisso da CUT com os interesses históricos da classe trabalhadora, conclamando a Nação brasileira a votar em Lula – Presidente.


 


2003
8º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
03 A 07 DE JUNHO DE 2003
O Congresso foi realizado em São Paulo, SP, com a presença de 2.712 delegados, que definiram a estratégia da CUT frente ao governo Lula. As principais resoluções aprovadas foram à defesa de uma reforma da previdência que amplie direitos, contra a ALCA e a defesa de uma integração que atenda os interesses dos trabalhadores, e pelas reformas agrária e agrícola.  Pela primeira vez um presidente da república, o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, eleito com o apoio da Central no final de 2002, esteve em um congresso da CUT. O Congresso elegeu o metalúrgico Luiz Marinho como novo presidente da CUT.


 


CUT 20 ANOS
25 A 29 DE AGOSTO DE 2003
Semana de comemorações dos 20 anos de fundação da CUT, com destaque para o ato no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, local de nascimento da CUT, com presença de todos os ex-presidentes da Central e do presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. Foi lançado um número especial de ''A Revista'' em comemoração aos 20 anos e também o cd rom com as resoluções da Conclat, dos Congressos e Plenárias da CUT.


 


2004
1º DE MAIO DE 2004
A CUT levou ao povo brasileiro nas comemorações do 1º de Maio os seguintes eixos políticos: emprego, distribuição de renda, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, salário mínimo decente, reforma agrária e ampliação de direitos. Ocorreram manifestações em todo o país, com destaque para o evento realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu mais de um milhão de pessoas e que teve como preocupação principal à não descaracterização da data, mesclando o espírito de luta e reflexão com momentos de alegria e festa.


 


MARCHA  NACIONAL DO SALÁRIO MÍNIMO
13 A 15 DE DEZEMBRO DE 2004
A Marcha Nacional sobre Brasília pela Recuperação do Salário Mínimo e Correção da Tabela do Imposto de Renda foi proposta pela CUT e organizada conjuntamente com as centrais sindicais Força Sindical, CGT, CGTB, SDS e CAT. Durante três dias aproximadamente três mil sindicalistas fizeram a caminhada que terminou em frente ao Palácio do Planalto num grande ato público. Ao final do ato, os dirigentes que se reuniram com Lula anunciaram a elevação do salário mínimo para 300,00  reais e a correção em 10% da tabela do imposto de renda a partir de 2005. Uma vitória do movimento.


 


2005
1º DE MAIO DE 2005
As comemorações do 1º de maio de 2005 tiveram como temas à Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salários, Por Emprego, Renda Lazer, Educação, Reforma Agrária e Liberdade e Autonomia Sindical. Em todo o Brasil mais de um milhão e 300 mil trabalhadores saíram as ruas, sendo que na avenida Paulista, em São Paulo, um milhão de pessoas atenderam o chamado da CUT e mesclaram o espírito de luta pelas reivindicações com muita festa e confraternização. 


 


11ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT
10 A 13 DE MAIO
A Plenária Nacional foi realizada em São Paulo, SP, com a presença de 558 delegados, vindos de todo o Brasil. Eles reconheceram os avanços e conquistas do governo Lula, entretanto decidiram ampliar a mobilização popular para exigir mudança radical na política econômica, com a redução de juros, aumento da produção e do emprego, elevação da capacidade aquisitiva do salário mínimo, redução da jornada de trabalho sem redução de salário. A Plenária também reafirmou a necessidade de democratizar a estrutura sindical, de forma a fortalecer as entidades sindicais realmente representativas.


 


DIA NACIONAL DE LUTA
16 DE AGOSTO DE 2005
A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), com a participação da CUT, convocou uma grande manifestação em Brasília tendo como propostas de mobilização a plataforma política contida na ''Carta ao Povo Brasileiro''. Mais de 40 mil pessoas manifestaram repúdio as tentativas neoliberais de desestabilização do governo, exigiram a apuração das denúncias de corrupção e a reforma política como instrumento para combatê-la. Também exigiram mudanças urgentes na política econômica, com menos juros e mais empregos, investimentos nas áreas sociais e infra-estrutura, distribuição de riqueza e apoio à produção contra a especulação.


 


II MARCHA NACIONAL DO SALÁRIO MÍNIMO
28 A 30 DE NOVEMBRO DE 2005
A II Marcha Nacional em defesa da valorização do salário mínimo foi capitaneada pela CUT e  também contou com a participação das centrais sindicais CGTB, CAT, CGT, SDS e Força Sindical. No dia 29 de novembro, cerca de 15 mil manifestantes ficaram em vigília enquanto os representantes das centrais se reuniam com os ministros do governo e exigiam um salário mínimo de R$ 400,00. Como resultado da mobilização, alterou-se o calendário político em torno do salário mínimo que passou a ser discutido antes de a peça orçamentária da União ser votada, uma vitória dos trabalhadores.


 


2006
1º DE MAIO DE 2006
Fortalecer a democracia, mais e melhores empregos, renda e ampliação de direitos, estes foram os eixos do 1º de maio deste ano. Em todo o Brasil, cerca de 2 milhões de trabalhadores participaram das atividades convocadas pela CUT e entidades parceiras. Na avenida Paulista, em São Paulo, 1 milhão e meio de trabalhadores mesclaram, mais uma vez, a luta pelas reivindicações, a confraternização e o lazer.


 


9º CONGRESSO NACIONAL DA CUT
05 A 09 DE JUNHO DE 2006
O Concut foi realizado, mais uma vez, na cidade de São Paulo e teve como tema Trabalho e Democracia: emprego, renda e direitos para todos os trabalhadores e trabalhadores. Participaram 2491 delegados e as resoluções aprovadas versaram sobre Emprego, Salário, Desenvolvimento e Inclusão Social; Democratização do Estado, Políticas Públicas e Universalização de Direitos; Fortalecimento da Estrutura e Organização da CUT; Relação com os movimentos sociais. O Congresso aprovou a Plataforma Democrática dos Trabalhadores e o apoio à reeleição do presidente Lula, na perspectiva do avanço no projeto democrático-popular, evitando assim o retrocesso, e, ao mesmo tempo, pressionará pelo atendimento das reivindicações. O eletricitário e sociólogo Artur Henrique da Silva Santos foi eleito presidente da CUT para o próximo período.


 


Da Redação, com Portal do Mundo do Trabalho