Israel ataca veículo com jornalistas da Reuters

Um ataque aéreo israelense contra um carro na Cidade de Gaza durante uma operação de segurança feriu um operador de câmera da agência de notícias Reuters e um jornalista local na noite de sábado.

Pelo menos um foguete atingiu o carro enquanto o câmera estava filmando. O ataque deixou o câmera inconsciente e o jornalista teve ferimentos graves na perna.


 


O carro da Reuters estava marcado como um veículo de imprensa. O Exército de Israel alegou que “o carro não foi identificado” como um veículo da imprensa e “lamentou” os ferimentos causados aos jornalistas.


 


A agência de notícias afirmou que o câmera atingido foi Fadel Shana e o jornalista era Sabbah Hmaida, que trabalhava para um site local.


 


Dois palestinos que passavam pelo local também foram feridos no ataque.


 


Um suposto militante do Hamas, de acordo com os israelenses, foi assassinado em um outro ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza na noite de sábado.


 


Forças terrestres isralenses, com o apoio de helicópteros, realizaram um ataque contra palestinos da Faixa de Gaza durante a noite de sábado, perto da passagem de Karni.


 


“Durante a operação ocorreu um ataque aéreo contra um veículo suspeito que era dirigido de maneira suspeita, ao lado das forças israelenses e entre postos de militantes palestinos”, alegou uma das porta-vozes do exército de ocupação israelense Noa Meir.


 


“Este carro não foi identificado pelo Exército como um veículo de imprensa. Se jornalistas foram feridos nós lamentamos”, concluiu.


 


O veículo blindado da Reuters estava claramente marcado como veículo de imprensa, com sinais em todos os lados incluindo o teto.


 


Segundo a agência de notícias Associated Press, o veículo branco estava marcado com o logotipo da Reuters e tinha as palavras “TV” e “Imprensa” escritas em inglês, árabe e hebraico.


 


Os bancos da frente do veículo ficaram cobertos de sangue, boa parte do interior do carro foi despedaçada por fragmentos e uma das janelas a prova de balas foi totalmente destruída, segundo a agência.


 


Mohammed Dawdi, presidente do sindicato local dos jornalistas descreveu o ataque como um “crime a sangue frio”.