PC Português denuncia envio de tropas ao Líbano sem planos

O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa, advertiu seu governo na sexta-feira (25/8) à noite sobre o envio de tropas portuguesas para o Líbano, já que falta definir o mandato e os objetivos da força militar. Jerónimo de Sousa f

O secretário-geral considerou também que “começa a ser demais” a distribuição de tropas portuguesas por vários cantos do mundo, como no Afeganistão, em Kossovo, na Bósnia e no Timor Leste, “numa situação especial”.


 


“Da parte do PCP, queremos afirmar claramente que somos contra o envio de forças portuguesas para aquela região (Líbano)”, declarou Jerónimo de Sousa.


 


As críticas do líder do PCP foram feitas horas depois de Portugal se ter comprometido, em Bruxelas, em participar da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), embora a sua dimensão e forma exata ainda não tenham sido discutidas pelo Conselho Superior de Defesa Nacional português.


 


Embora reconhecendo que o envio das tropas se integra no quadro de uma resolução da ONU, Jerónimo de Sousa considerou que “a questão de fundo é saber o mandato, os objetivos e as tarefas” da força militar.


 


O dirigente comunista acusou o governo português de enviar forças para o Líbano “sem saber o que vão fazer”.


 


“Um governo, que esteve ao lado da agressão israelense e que continua a defender o imperialismo americano, vai enviar forças para lá sem saber o que vão fazer”, disse, considerando que, “numa situação de conflito, não é, com certeza, para defender o Líbano”.