Chávez recebe apoio chinês para vaga no Conselho de Segurança

O presidente da China, Hu Jintao, prometeu nesta quinta-feira (24/8) ao presidente Hugo Chávez o apoio à candidatura da Venezuela para uma vaga provisória ao Conselho de Segurança da ONU, representando a América Latina.

Hu Jintao também fechou acordo estreitando os laços econômicos e políticos que unem os dois países. Chávez propôs um plano ambicioso para a Venezuela, o quinto país que mais exporta petróleo no mundo. A idéia é quase quadruplicar a venda para a China, que deve começar a adquirir 500 mil barris por dia dentro dos próximos cinco anos.



Sobre a entrada da Venezuela no Conselho de Segurança, Chávez pronunciou: “O presidente (chinês) disse que China apóia a Venezuela em sua pretensão de fazer parte do Conselho de Segurança. É um apoio muito importante, tanto do ponto de vista político como moral”.



O apoio chinês para que a Venezuela substitua a Argentina como membro não-permanente do principal órgão da ONU desde 2007 – vaga à qual Guatemala também pretende chegar – “é a consolidação de uma relação em todas as frentes: política, econômica, social, energética e tecnológica”, acrescentou.



Objetivos compartilhados



Segundo Chávez, “é algo impressionante o que alcançamos nestes últimos anos, os dois últimos principalmente”. “O presidente (Hu) disse que apóia a Venezuela e o agradecemos porque estamos alinhados com os mesmos objetivos rumo a um mundo de paz e respeito à soberania dos povos”, disse o líder venezuelano, antes de ir ao jantar oferecido pelo anfitrião.



No início da reunião solene, tanto Hu como Chávez, acompanhados por suas respectivas delegações, expressaram à imprensa a satisfação com o reencontro.



“É um grande prazer recebê-lo. Dou em nome do Governo e do povo chinês as mais calorosas boas-vindas por esta nova visita à China”, a quarta feita por Chávez, disse Hu. Segundo o também secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh), “a atual visita de Chávez ao país – que terminará em 27 de agosto, testemunha sua vontade de desenvolvimento da relação bilateral e do sincero afeto que sente em relação ao povo chinês”.



“Tenho certeza de que servirá para aumentar a cooperação em mútuo benefício e todos os âmbitos, assim como para promover nossa amizade, mas também nos dá a oportunidade de trocar pontos de vista sobre assuntos de interesse comum”, disse o presidente chinês.