Operação da Policia Federal prende políticos e empresários em SC
O consultor de assuntos econômicos da Secretaria da Fazenda do Governo de Santa Catarina, Aldo Hey Neto, e o candidato a Deputado Federal pela coligação Todos por Santa Catarina, Gumildes Rupert Ribeiro (PMDB) foram presos na operação Dilúvio, cuja ação d
Publicado 18/08/2006 00:37 | Editado 04/03/2020 17:15
O objetivo da operação foi desarticular umas das maiores quadrilhas especializadas em sonegação fiscal, falsidade ideológica e documental, evasão de divisas, cooptação de servidores públicos, entre outros atos ilícitos, já descobertas pela PF no país.
Ao todo, 10 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão foram cumpridos no Estado por 50 agentes. Em Florianópolis foram presos Aldo Hey Neto, advogado tributarista no Paraná, que estava cedido para a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, e o auditor fiscal da Receita e candidato a deputado federal
No apartamento de Aldo, em Jurerê Internacional, no Norte da Ilha, foram apreendidos R$ 649,3 mil e US$ 57,6 mil (cerca de R$ 130 mil), além de dois notebooks, um veículo e documentos.
Aldo é consultor da Secretaria de Estado da Fazenda e ministrava palestras em universidades sobre corrupção internacional. Também atuava como coordenador do Compex, um sistema de incentivo fiscal a empresas exportadoras de Santa Catarina.
Com o candidato a deputado foram apreendidas duas caminhonetes e uma motocicleta, um notebook, além de documentos. Os dois acusados estão presos na superintendência da PF na Capital. Já na região do Vale do Itajaí foram presos: Luiz Amelli, Sandro Baji, Darley Luiz Fiamoncini, Márcio Silva Xavier, Carlos José Martins Silva, Emanuel Furtado Rebelo Filho, Jayme Azevedo Lima Filho e Mauro Ferreira de Souza.
A investigação teve duração de dois anos. Enquanto o material recolhido é analisado os 10 acusados permanecem presos temporariamente, por um período de cinco dias, à disposição da Justiça, que poderá decretar suas prisões preventivas ou determinar que respondam em liberdade.
Tudo indica que as prisões e a gravidade do acontecimento possa interferir no processo eleitoral e na tentativa de reeleição de Luis Henrique da Silveira (PMDB). A ação do Governo foi imediata, o atual governador Eduardo Moreira (PMDB) exonerou o Assessor preso e instaurou uma comissão para apurar as responsabilidades. No entanto, as investigações prosseguem e está para ser instaurada na Assembléia Legislativa uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Com informações de CBN e Polícia Federal