Alckmin vive isolamento político nos primeiros dias de campanha

Nos bastidores da campanha presidencial da aliança PSDB-PFL, existe uma sensação de isolamento crescente da candidatura de Geraldo Alckmin. Ao contrário do que imaginava a oposição, o início da propaganda eleitoral no rádio e TV não representou avanço

Por isso, os estrategistas da campanha lutam por um segundo turno, porque acreditam que os candidatos da oposição eventualmente vitoriosos no primeiro turno se sentirão mais livres para trabalhar contra Lula, e os que tiverem que enfrentar uma nova disputa terão de escolher Alckmin, uma vez que seus adversários estarão com Lula e este com eles. Por isso, a conquista do segundo turno tornou-se crucial em uma corrida que ainda mal começou.


 


Para os analistas políticos, a campanha de Alckmin precisa crescer e mostrar competitividade nas pesquisas a curto prazo, no máximo em dez dias. O desafio é o mesmo para Lula. Ele também precisa mostrar, em dez dias, que o seu favoritismo o levará à vitória no primeiro turno.



 
Segundo fontes do PSDB e do PFL, a percepção de isolamento é falsa e seria apenas a conseqüência da ansiedade produzida por uma estratégia de propaganda que leva em conta as características do candidato – que não é carismático, por isso recebeu o apelido de “picolé de chuchu” – e o seu objetivo principal – que é levar a eleição para o segundo turno, em uma disputa em que cai a cada nova pesquisa de intenção de votos.


 


As fontes da campanha tucana procuram minimizar os efeitos, dizendo que Alckmin tem mostrado um estilo pessoal único e que ele tem crédito de confiança para seguir seus instintos, e que estes lhe dizem para ter paciência para manter seu plano estratégico no horário eleitoral.



 
O mesmo raciocínio se aplicaria à percepção de isolamento derivada dos primeiros momentos das campanhas estaduais. Na comparação com a campanha de Lula, a sensação é de que os candidatos do PSDB e do PFL evitam vincular seus nomes ao de Alckmin, a fim de não agredir os eleitores de Lula. Já Lula desfruta do conforto de ver seu nome associado aos candidatos de sua base de apoio, que tentam tirar proveito do seu favoritismo.


 


Com agências