Bacia do São Francisco ganha plano de fiscalização

Uma ação conjunta para fiscalizar a bacia do rio São Francisco firmada com 45 instituições ligadas ao meio ambiente vão se transformar em um plano nacional. As propostas, colhidas desde o início do ano nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Alagoas

As sugestões foram discutidas durante o Seminário Nacional de Fiscalização Ambiental Integrada da Bacia Hidrográfica do São Francisco, realizado nesta segunda (14) e terça-feira (15).


 


O plano faz parte do programa de revitalização do São Francisco, do Ministério do Meio Ambiente. Até o final de 2006, os investimentos devem ultrapassar R$4 milhões, investidos no treinamento de agentes ambientais e fiscais na área.


 


O rio, que abastece mais de 14 milhões de brasileiros em 505 municípios, está ameaçado por processos erosivos costeiros e assoreamentos intensos, pesca predatória, implantação de grandes empreendimentos turísticos e de carcinicultura (criação de camarão) altamente impactantes, promovendo a destruição de Área de Preservação Permanente, a exemplo dos manguezais. A falta de saneamento é outra ameaça ao rio.


 


Devastação


 


Além de todos esses problemas, os desmatamentos feitos pela indústria siderúrgica e de gesso constituem outra grande ameaça ambiental na região. Juntos, os dois setores são responsáveis pela devastação de 60 mil hectares por ano de vegetação nativa nos estados que fazem parte da bacia, segundo o Ibama.


 


O coordenador nacional do Programa de Revitalização do São Francisco do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Laxe, aponta o trabalho escravo e infantil nas áreas de carvoaria como outro problema a ser combatido.


 


“Para acabar com o trabalho escravo, é necessário intensificar a fiscalização junto com o Ibama, a Polícia Federal e os órgãos estaduais, além de buscar o desenvolvimento sustentável para todo o rio São Francisco”, afirma Laxe.


 


Agência  Brasil