Esquerda mexicana amplia protestos em todo o país

A coalizão de esquerda mexicana liderada por Andrés López Obrador intensificou neste final de semana a resistência civil conclamada pelo candidato, com o bloqueio de instituições federais e da fronteira com os Estados Unidos, além de alertar aos juízes el

Dezenas de seguidores de Obrador bloquearam uma das pontes de Ciudad Juárez, na fronteira com os EUA.  No sábado, o líder progressista lançou uma advertência aos juízes eleitorais: “Devem pensar bem, não superficialmente, e sem se sentirem ameaçados. Não vamos aceitar um presidente espúrio”, disse.



A coalizão de esquerda “Pelo Bem de Todos” intensificou suas ações de “resistência civil” para exigir do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) uma recontagem total de votos e não a apuração parcial que começou na quarta-feira.



A apuração transcorre com tranqüilidade, apesar das divergências entre os partidos políticos sobre a dimensão das irregularidades detectadas até agora.



Obrador denunciou que, na apuração parcial, apareceram mais de 100 mil votos a mais ou a menos. “Estão fazendo a apuração e nas urnas há cédulas a menos ou a mais que as recebidas”, afirmou.



Ele disse que só nas urnas contabilizadas faltam aproximadamente 60 mil cédulas de votação. “Ou seja, 60 mil cidadãos foram votar e, em vez de pôr o voto na urna, decidiram levar para casa, de lembrança”, ironizou.



O TEPJF tem até 31 de agosto para analisar todas as impugnações apresentadas pelos partidos e até 6 de setembro para declarar o novo presidente do México, mas a previsão é que até esta segunda-feira a recontagem parcial já esteja encerrada.