Eleição no Congo pode ser decidida no primeiro turno

Resultados parciais das eleições de 30 de julho na República Democrática do Congo mostram que o atual presidente do país, Joseph Kabila, pode ser reeleito para um novo mandato sem a necessidade de segundo turno.

Mas, a uma semana do prazo final para a divulgação dos resultados – no próximo domingo (20/8) – apenas um quinto das urnas foi apurado. Observadores temem que o processo de apuração desperte antigas rivalidades e leve à violência no país, que tenta se recuperar de cinco anos de guerra civil.


Um porta-voz do principal partido de oposição, o Movimento para Libertação do Congo (MLC), do segundo colocado, Jean-Pierre Bemba, disse que os seus militantes “não precisarão de ordens para agir se a vitória lhes for roubada”.



Os resultados dão a Kabila mais de 50% dos votos, enquanto Bemba, um ex-líder guerrilheiro, teria em torno de 20%.



Mas há poucas informações sobre a votação na capital Kinshasa, onde vivem oito milhões de pessoas e é mais forte o apoio a Bemba.



Na sexta-feira, as autoridades eleitorais informaram que seis funcionários que trabalhavam na apuração foram presos, acusados de falsificar os resultados.