Líbano não está satisfeito com plano de trégua da ONU

O Líbano não está satisfeito com a proposta de resolução preparada pela França e pelos Estados Unidos e apresentada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para o fim da guerra entre Israel e o grupo militante Hezbolá, informou

 


Depois de ver o texto, o governo libanês continua comprometido com um plano de sete pontos adotado no mês passado por seu gabinete, que inclui ministros do Hezbolá, disse Nouhad Mahmoud, oficial do Ministério de Relações Exteriores do Líbano.


 


“Gostaríamos de ver nossas preocupações mais refletidas no texto”, disse ele, parando pouco antes de rejeitar totalmente a proposta franco-americana.


 


“Infelizmente, ela não tem, por exemplo, um pedido de retirada das forças israelenses que estão agora no Líbano. Isso é uma receita para novos confrontos”, disse Mahmoud.


 


Beirute também não está contente com o fato do plano não incluir pedido para que a região das fazendas de Shebaa seja colocada sob o comando da ONU, como exigido pelo Líbano, enquanto sua situação é analisada, disse Mahmoud.


 


A pequena faixa de terra ocupada por israelenses foi considerada pela ONU como parte da Síria a menos que o Líbano, que reclama o território, demarque novas fronteiras com a Síria, algo que não aconteceu.


 


O Hezbolá, antes da atual crise surgir no mês passado, insistia em se manter armado, mesmo depois de integrar o governo libanês, para expulsar as tropas de Israel do Líbano. A proposta franco-americana adia uma resolução sobre essa disputa.


 


Mahmoud disse que o Líbano havia proposto algumas emendas para que o plano de trégua seja mais aceitável por Beirute.


 


“Ele precisa atender às preocupações do povo libanês. Caso contrário não vai decolar”, disse o representante do ministério.


 


O plano de sete pontos pede um imediato cessar-fogo, retirada das forças israelenses do sul do Líbano, retorno da população libanesa retirada de suas casas pelos confrontos, estabelecimento de tropas da ONU e do Líbano no sul do país e desarmamento do Hezbolá.


 


Fonte: Reuters