Hezbolá anuncia ter rechaçado alguns avanços do invasor

Combatentes do Hezbolá afirmaram em um comunicado que rechaçaram alguns avanços por terra dos invasores israelenses no sul do Líbano. A notícia é da rede de TV árabe Al Jazira (Katar). O Hezbolá foi a única força militar a derrotar o exército de Israel at

“As forças de Israel começaram a tentar controlar o triângulo formado pelas aldeias de Aita al-Chaab, al-Qaozah e Ramie, na noite de segunda-feira e nas pruimeiras horas de terça, porém combatentes do Hezbolá os enfrentaram […], forçando-os a recuar”, diz o comunicado. O texto afirma que as tropas israelenses estavam tentando tomar uma colina que domina as três aldeias.



Três mortos de cada lado



O Hezbolá informa ter perdido três homens no combate. A rede árabe de TV Al-Arabiya reportou que três soldados de Israel foram mortos na área.



Aita al-Chaab  fica perto da fronteira com o Líbano. Naquele mesmo ponto, guerrilheiros do Hezbolá penetraram em território de Israel, no último dia 12, capturando dois soldados israelenses e matando oito outros.



O Hezbolá anunciou também ter destruido uma embarcação militar de Israel, na costa da cidade de Tiro. Israel negou a notícia. E afirmou ter matado 20 combatentes da guerrilha libanesa nas últimas 48 horas. Um porta-voz israelense disse: “Matamos 20 terroristas do hezbolá nos dois últimos dias, nos setores de Taibe e Al-Adeissa.


Prossegue a agressão israelense



Israel continou nesta terça-feira a sua agressão ao Líbano, com ataques no sul, norte e leste do país. A aviação israelense voltou a bombardear aldeias libanesas na zona de fronteira. Os jatos do agressor também bombardearam estradas que ligam o Líbano à Síria, assim como as cidades de Bayyada e Mansoureh.



Um oficial superior israelense disse que o exército iria penetrar mais profundamente no sul do Líbano, assumindo o controle do território por algumas semanas, até que uma força multinacional possa se deslocar para ali.



Planos de atravessar o Litani



A rádio do exército de Israel e um funcionário do governo israelense, citados pela Al Jazira, disseram que forças terrestres pretendiam atravessar o Rio Litani, 30 quilômetros ao norte da fronteira entre os dois países.



Ephraim Sneh, um líder do Partido trabalhista, confirmou indiretamente o plano de atravessar o Litani. Indagado pela rádio sobre quanto as tropas penetrariam para além do rio,  ele disse: “Não estamos falando de dias e sim de um prazo maior, mas não de meses”.



Sneh, que já foi ministro da Defesa, falou horas depois que o gabinete do governo israelense aprovou uma ampliação da invasão do sul do Líbano. No entanto, dois outros funcionários disseram que o gabinete aprovou apenas a ocupação de uma área mais restrita, uma faixa de 7 km ao longo da fronteira.



O sul do Líbano já foi ocupado em caráter permanente por Israel, durante 18 anos, a partir de 6 de junho de 1982. Também na época uma “força multinacional” (EUA, França e Itália) foi organizada, porém só serviu para dar cobertura à ocupação. O Hezbolá foi fundado em 1982, com base no sul do Líbano, justamente para combater a ocupação, o que conseguiu após uma longa guerra de guerrilhas, em 24 de maio de 2000.