Indústria opera com 84,9% de sua capacidade, maior índice desde 1980

Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgada nesta segunda-feira (30) mostra que, em julho, a indústria atingiu seu maior nível de utilização da capacidade desde 1980. O índice chegou a 84,9%.

A pesquisa também revelou que as perspectivas do setor para os próximos meses são positivas: 26% das empresas planejam contratar, contra 13% que esperam demitir no terceiro trimestre deste ano.


 


A diferença de 13 pontos é o segundo melhor resultado para meses de julho nos últimos dez anos. Os números só foram melhores em julho de 2004, quando a diferença alcançou 27 pontos percentuais.


 


Segundo o documento, os prognósticos para o trimestre também são os melhores desde o início deste ano, “quando a atividade industrial começou a fase atual de reaquecimento”.


 


Além da previsão de retomada das contratações, as perspectivas de negócios para o segundo semestre de 2006 revelam otimismo dos empresários no desempenho da indústria para o segundo semestre. Para 54% das 935 empresas consultadas, a situação dos negócios vai melhorar até dezembro deste ano.


 


As estatísticas mostraram que 49% pretendem aumentar a produção até setembro, enquanto 11% projetam redução. A diferença positiva (38 pontos percentuais) foi maior tanto na comparação com julho do ano passado quanto em relação à média histórica, que é de 35 pontos percentuais.


 


Os empresários que apostam em crescimento da demanda neste trimestre representaram 46% dos entrevistados e os que acreditam em retração foram 14%.


 


Em relação a preços, 34% manifestaram intenção de aumentá-los e


10%, de diminuí-los. Em abril, era menor o percentual de empresas prevendo aumento de preços (28%) e maior a parcela do empresariado que pretendia reduzi-los.


 


A Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação é elaborada a cada três meses e fornece informações sobre o estado geral da economia e suas tendências. Os resultados do levantamento servem para orientar decisões empresariais e de política econômica. A pesquisa atual foi realizada entre 29 de junho e 27 de julho.



Com informações da Agência Brasil