México: Protesto contra resultado de eleição reúne 900 mil

Andrés Manuel López Obrador, candidato derrotado à presidência do México, liderou neste domingo (30/7) uma manifestação de protesto contra fraudes e irregularidades nos resultados das eleições presidenciais. Segundo a secretaria de Segurança Pública da

Ex-prefeito da capital mexicana, Obrador percorreu as principais avenidas da cidade, antes de chegar ao Zócalo (praça principal) no centro histórico. Seu partido havia afirmado, no sábado, que a corte eleitoral não deveria validar as eleições gerais de 2 de julho. A votação deu uma estreita vitória ao candidato conservador, Felipe Calderón – mas López Obrador exige uma recontagem dos votos.


 


O presidente do Instituto Federal Eleitoral (IFE) mexicano, Carlos Ugalde, reconhecu na segunda-feira que podem ter ocorrido erros na contagem dos votos das eleições de 2 de julho, mas não uma fraude, como denuncia a esquerda. As suspeitas, no entanto, continuam. Após reunião com magistrados do IFE, Ricardo Monreal, colaborador político próximo a Obrador, disse que, “se validarem esse tipo de eleição, não haverá no futuro do país nunca mais eleições livres e democráticas”.


 


A corte, composta por sete magistrados, tem até 31 de agosto para estudar os termos apresentados contra o processo eleitoral pelo partido de López Obrador e tomar uma decisão sobre se determinará a recontagem dos votos. Outras opções são determinar uma recontagem parcial ou validar a eleição e declarar Calderón presidente eleito.


 


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Uma pesquisa publicada na sexta-feira (28/7), publicada no jornal “El Universal”, aponta que apenas 28% dos mexicanos são contra a recontagem de votos da eleição presidencial, ocorrida em 2 de julho. Ainda segundo a pesquisa, realizada pelo Instituto Ipsos-Bimsa, 48% dos entrevistados são favoráveis à recontagem, enquanto os 24% restantes não souberam opinar.


 


Para 42%, houve algum tipo de fraude nas eleições. Apesar disso, 52% dos mexicanos acreditam que, no final do processo, o Tribunal Federal Eleitoral apontará Calderón como o novo presidente do país. No momento, o Tribunal analisa as mais de 200 impugnações recebidas após as eleições. A data-limite para uma definição do resultado das eleições é 6 de setembro.