Metalúrgicos de Volta Redonda conhecem nova direção sindical

Depois de várias reviravoltas em torno das eleições para sua próxima diretoria, o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região vai conhecer hoje (14/07) a chapa vencedora. A apuração começa às 8 horas, no Ginásio do Recreio do Trabalhador, na V

A eleição, marcada inicialmente para 6 de abril, foi suspensa pela Justiça, mediante uma liminar. Os metalúrgicos só foram às urnas três meses depois, nos dias 6 e 7 de julho. A chapa 3, encabeçada pela Corrente Sindical Classista e considerada favorita, alertou a categoria para o risco de fraude.


 


Um representante da chapa – o cipista Renato Soares, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) – denunciou ao Ministério Público que o pleito foi prejudicado por uma série de irregularidades. Na última sexta-feira (07), Linda Brandão Dias, da 1ª Vara do Trabalho, decidiu suspender a apuração dos votos e deixar as urnas acauteladas sob guarda da Polícia Federal até o anúncio de uma decisão.


 


Depois de analisar toda a documentação apresentada pelo sindicato, a juíza determinou, nesta quinta-feira (13), a contagem dos votos. Segundo Linda Brandão, o material não comprova a acusação de irregularidade durante o processo eleitoral. Por isso, as urnas sairão hoje da sede da Polícia Federal em Volta Redonda e vão direto para o local da apuração.


 


A CSC na mira
Pesquisas realizadas por institutos especializados indicam que a Chapa 3 teria a maioria dos votos. Se as eleições fossem realizadas com transparência, democracia e lisura, a chapa encabeçada pela CSC teria, portanto, a vitória nas urnas.


 


Mas, desde que o pleito chegou à reta final, os sindicalistas classistas têm alertado que as outras forças concorrentes estavam dispostas a recorrer à fraude e à violência para burlar a vontade dos trabalhadores e a soberania das urnas, distorcendo artificialmente os resultados finais.


 


A tentativa de intimidação transpareceu na contratação de bate-paus, que usaram de violência fascista para impedir a campanha dos militantes da Chapa 3 nas fábricas. Durante a coleta dos votos, uma série de manobras fraudulentas e mafiosas foi adotada por membros da Articulação Sindical.
 
Na opinião das lideranças classistas, ocorreu um festival de patifarias – atraso na saída das urnas do sindicato, impossibilitando o pessoal do turno de zero hora de votar; listagens incompletas, principalmente nas urnas da Companhia Siderúrgica Nacional; urnas sem cédulas; repressão das gerências e chefias; urnas com listagens semelhantes para facilitar a fraude, além de outras manobras.


 


Um sindicato de peso
Os metalúrgicos da região de Volta Redonda formam uma base com mais de 40 mil trabalhadores – o que dá visibilidade e força ao sindicato da categoria. Sob o lema 'onde houver um trabalhador o Sindicato estará presente', a entidade representa os metalúrgicos de Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Quatis, Itatiaia, Porto Real e Pinheiral.


 


A categoria aprovou, recentemente, a filiação sindical à CUT. Apesar da adesão, a maior central sindical do Brasil não conseguiu lançar uma única chapa nas eleições. Além da chapa liderada pela CSC, concorreram outras duas – uma ligada à Força Sindical, outra encabeçada pela ArtSind, corrente de origem petista que é majoritária na CUT.


 



 


Da Redação, com agências