Governo palestino pede trégua; Israel recusa e já matou 40

O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, pediu neste sábado um cessar-fogo com Israel, “tendo como base a cessação de toda ação militar de ambos os lados”. Israel reucsou. O exército israelense li

 

"Para sairmos da atual crise, é necessário que todas as partes restaurem a calma com base na interrupção de todas as operações militares por ambos os lados", diz o comunicado do gabinete de Haniyeh, que pertence ao Hamas. “É preciso que Israel cesse sua operação militar na faixa de Gaza e retire as tropas”, insiste o documento.

O porta-voz oficial do Hamaas, Sami Abu Zuhri, recebeu bem o pedido de trégua e disse que o ônus agora é de Israel.
Pela negociação do caso do soldado
A declaração de Haniyeh pede também o reinício das negociações –que vinham sendo lideradas por mediadores egípcios–, sobre o destino do soldado Gilad Shalit. A captura de Shalit por um grupo palestino, no ataque a um posto de fronteira em 25 de junho, foi o pretexto para a ofensiva israelense.

Os captores do soldado pertencem a três organizações da resistência armada palestina, entre elas o braço militar do Hamas, que em 25 de janeiro último venceu as eleições para o governo da Autoridade Nacional Palestina. Eles propõem a libertação do cativo, um artilheiro de tanque, de 19 anos, em troca da de prisioneiros palestinos.

 

Israel não quer acordo

 

Autoridades do governo israelense em Jerusalém afirmam que o Estado judaico só concordará com a trégua depois da libertação de Shalit e do fim do lançamento de foguetes. O argumento para a reocupação de Gaza, desocupada dez meses atrás pelo governo do então primeiro ministro Ariel Sharon, é formarf uma “barreira de segurança” para impedir que foguetes palestinos atinjam cidades em Israel.

 

Ao desocupar partes da faiuza de Gaza, o exército israelense deixou claro que este não foi um sinal de apaziguamento. "Estamos agindo segundo nossos critérios e não descartamos retornar a essas regiões", disse um porta-voz do exército israelense. "A operação não terminou."

 

“Não negociaremos com terroristas. Eles têm que primeiro devolver o soldado sequestrado, intacto, e cessar os seus ataques”, disse à AFP um funcionário do gabinete do primeiro ministro de Israel.

 

Israel tem sofrido pressão internacional para diminuir suas operações militares, que até agora mataram mais de 40 palestinos e um soldado israelense. Na quinta-feira, foram abatidos sete palestinos, inclusive um jovem surdo de 19 anos. Nesta sexta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU exigiu que o exército invasor desocupe a faixa de Gaza. Em Gaza e na Cisjordânia, prosseguem as manifestações de rua exigindo a retirada.

 

Com agências