Metroviários de SP decidem parar amanhã contra privatização

Os metroviários de São Paulo decidiram entrar em greve a partir da zero hora da próxima terça-feira (4), contra a iminente ameaça de privatização da linha 4 do Metrô paulistano. A decisão foi tomada em

Ainda que a Justiça tenha determinado que o processo de privatização da Linha 4 – Amarela (Luz-Vila Sônia)  só poderia ter continuidade após julgamento da ação movida pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o governo do Estado e a Companhia do Metropolitano republicaram o edital de licitação, e marcaram para esta terça-feira (4) a abertura do envelope que definirá a empresa que deverá explorar a Linha 4 durante 30 anos.


“Diga não à privatização”


Diante deste enfrentamento, o Sindicato dos Metroviários resolveu intensificar a campanha "Diga não à privatização do Metrô", organizando novas ações para combater e denunciar o objetivo do governo estadual e da Cia. de entregar o Metrô ao setor privado.

Além de aprovar a greve para terça-feira, os metroviários aprovaram também um calendário de atividades para mobilizar a categoria e conscientizar a população sobre os riscos que a privatização do Metrô representa para todos os cidadãos. O metrô de São Paulo atende a 2,8 milhões de passageiros por dia.


As razões do Sindicato


O Sindicato dos Metroviários de São Paulo explica as suas razões para rejeitar a privatização, apresentada como uma Parceria Público-Privada (PPP). Veja o texto:

“Por que somos contra a privatização da Linha 4 – Amarela?  Porque, conforme consta no edital de licitação:

* Os trens circularão sem operadores;

* Haverá apenas um funcionário por estação;

* O Corpo de Segurança será reduzido;

* O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou acima de 73% dos recursos;
* A iniciativa privada investirá menos de US$ 340 milhões, ou abaixo de 27% do total;

* O Metrô pagará o lucro prometido caso a arrecadação tarifária não atinja a meta estabelecida, durante os 30 anos de concessão.


* O Metrô abrirá mão de todo o rendimento dos empreendimentos associados nas estações e arredores, tais como lojas, shoppings, estacionamentos, publicidades, etc.


* Não haverá concurso público para ingresso de metroviários na Linha 4 – Amarela;

* A jornada de trabalho será maior;

* O salário será reduzido;


* O acordo coletivo dos metroviários não será respeitado pela empresa privada.”

Com informações de
http://www.metroviarios-sp.org.br/