China quer multiplicar malha ferroviária por 20

A China espera liberalizar o setor ferroviário e multiplicar por vinte sua rede de ferrovias, segundo um ambicioso plano do governo que oferecerá grandes oportunidades aos investidores estrangeiros, afirmou o jornal  China Daily.

Se o vistoso trem ao Tibet, inaugurado no último sábado, chamou a atenção internacional, os objetivos de Pequim não passaram despercebidos para as empresas do setor, que vislumbram um negócio que poderá chegar a US$ 12,5 bilhões por ano. "Agora que o Governo anunciou sua intenção de liberalizar o setor, mais investidores, especialmente estrangeiros, estão dispostos a entrar. Além disso, a diversificação do investimento vai acelerar a construção de redes ferroviárias", anunciou Zhu Hongren, alto funcionário da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento.

O sistema ferroviário chinês, controlado pelo Estado, não permite oscilações nos preços. Desta forma, as oportunidades se concentram no fornecimento de equipamento, setor que já conta com a forte presença de companhias estrangeiras na China, como a alemã Siemens, a canadense Bombardier e a francesa Alstom. A Siemens construiu o trem de levitação magnética que liga Xangai ao aeroporto de Pudong, e espera assinar o contrato do segundo trem com estas características no país, entre a mesma metrópole e Hangzhou. A empresa alemã investiu US$ 1,3 bilhão na China em 2005. O trem "Qingzang", que chega ao Tibet foi fabricado com a tecnologia chinesa-canadense da empresa Bombardier Sifang.

A informação é da
agência Xinhua