Inácio Arruda quer diálogo na disputa ao Senado

“Vai ter que ser no diálogo. Não será possível pela força. As vezes o pessoal acha que tem muito dinheiro, tem muito recurso, tem muita estrutura e, pensando assim, pode resolver pela força. Tem que ser na discussão, no debate, no convencimento. Na política é assim: vamos fazer uma pesquisa para examinar quem tem melhores condições de enfrentar a direita na disputa eleitoral em Fortaleza, na região metropolitana, no Estado do Ceará?”, indagou.

O deputado disse que as vezes é indagado se tem voto no interior do Estado? Ele responde que no interior também tem votos. O que se deve perguntar nessa hora, segundo Inácio, é se: “As condições políticas permitem? Os partidos todos aceitam (a candidatura dele ao Senado)? Se não aceitam digam: nós não aceitamos, nós queremos outro mesmo que seja para perder, etc. e tal”.

Inácio pede sinceridade aos partidos que participam da coligação. “Se os partidos não aceitam, que sejam claros. E nós tomaremos o nosso rumo, nós tomaremos outro caminho. Mas nós fizemos o bom combate, fizemos a boa discussão, o bom debate”. Ao ser perguntado que caminho seria esse, Inácio Arruda disse que não sabia. Mas o PCdoB convocou seu Comitê Estadual para uma reunião às 15 horas de sexta-feira, após a realização da convenção estadual do PMDB, para debater o assunto.

Inácio Arruda, no entanto, insiste que ele é o melhor nome para disputar a vaga de senador pelo Ceará. ´A chapa majoritária precisa ser mais avermelhada, precisa de mais força do campo das esquerdas na disputa eleitoral. E ganha isso com a nossa presença. Esse conteúdo o PCdoB ofereceu mas se os partidos disserem que não querem nós tomaremos outro caminho´, afirmou.

O Ceará, segundo o deputado, já tem um empresário senador, uma mulher senadora e falta um senador do campo popular. “Pela primeira vez na história nós teríamos um senador popular no Estado. Por que negar ao Ceará a possibilidade de ter um senador popular?”, indagou. O que está por trás desse debate, de acordo com Inácio Arruda, é a luta tostão contra o milhão.

“Mas essa luta tem que ser resolvida pelo diálogo. Não é a força que vai resolver. E nesse debate do PMDB com o PCdoB temos que resolver entre a razão e a política. Não dá para resolver pela intransigência. O PCdoB não vai pela intransigência. Vai pela política, vai pelo diálogo”, avisou.

Fonte: Diário do Nordeste