Juro bancário médio é o menor desde setembro de 2002

A taxa média de juros dos empréstimos bancários teve uma queda de 1,1 ponto percentual e passou de 45% em abril para 43,9% ao ano, segundo informou o Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC).

Trata-se do menor patamar desde setembro de 2002. Nas operações com pessoas físicas, a taxa recuou 1,7 ponto percentual e passou dos 57,8% para 56,1% ao ano, menor taxa de juros da série histórica do BC. Nos empréstimos para pessoas jurídicas, a taxa recuou 0,9 ponto percentual e oscilou dos 30 6% de abril para 29,7% ao ano. O spread médio (diferencial entre taxas de captação e aplicação de recursos) caiu, por sua vez, 1,2 ponto percentual e recuou dos 29,8 ponto percentual de abril para 28,6 ponto percentual.

Nos empréstimos para pessoas físicas, o spread foi reduzido em 1 9 ponto percentual e variou dos 43 pontos percentuais de abril para 41,1 ponto percentual. Nas operações com pessoas jurídicas, o diferencial de taxas (spread) sofreu uma redução de 1 ponto percentual e passou dos 15 pontos percentuais de abril para 14 pontos percentuais.


Crédito

Em maio, as operações de crédito do sistema financeiro tiveram uma expansão de 2,7%. Com a alta, o estoque destes empréstimos passou dos R$ 637,740 bilhões de abril (32% do PIB) para R$ 654 685 bilhões (32,6% do PIB). No período de janeiro a maio, os empréstimos bancários apresentam um avanço acumulado de 7,9%. Em 12 meses até maio, o crescimento do crédito está em 22,6%, de acordo com os dados do Depe. A base monetária (papel-moeda emitido mais reservas bancárias) teve contração de 0,2% na média dos saldos diários de maio. Com a variação, o saldo da base passou dos R$ 90,926 bilhões de abril para R$ 90,757 bilhões.


O valor se encontra dentro do intervalo de R$ 76,7 bilhões a R$ 103,7 bilhões fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a variação da base neste segundo trimestre do ano. Em 12 meses até maio, a base ainda acumula uma expansão de 12,9%. Pelo conceito de ponta (fim de período), a base teve no mês passado um recuo de 3,1%. Com isto, o valor da base me final de período caiu dos R$ 88,913 bilhões de abril para R$ 86,159 bilhões. Em 12 meses até maio, a base em fim de período ainda acumula uma alta de 8,1%.


Com agências