Farc disposta a negociar com Uribe

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) expressaram sua disposição em negociar um acordo humanitário para o intercâmbio de prisioneiros com o presidente Álvaro Uribe. Em entrevista à Telesul, Raul

Ele precisou que as Farc querem trocar 52 oficiais e suboficiais, uma ex-candidata presidencial, doze deputados, vários políticos e três fornecedores estadunidenses por um grupo de 600 rebeldes detidos em prisões colombianas. Na entrevista, Reyes pediu que o governo decida se "continua na guerra" ou busca uma aproximação. "É Álvaro Uribe que decide se continua na guerra ou se busca a aproximação com as Farc", disse o porta-voz.


Reyes disse que as Farc estão dispostas a se sentar em uma mesa de negociação assim que as autoridades suspenderem as atividades militares, desmilitarizarem os departamentos de Caquetá e Putumayo no Sudoeste do país e suspendaere as ordens de captura dos membros do estado maior do grupo armado.


Segundo ele, as Farc não aceitarão conversações discretas, no exterior ou em nenhum lugar da Colômbia enquanto não houver zonas desmilitarizadas, nem delegarão a ninguém as conversações de paz. Reyes assegurou que as Farc "continuam dispostas a lutar pelos ideais da Colômbia" e avaliou que, se o presidente de ultra-direita não assumir o caminho da paz, se aprofundará a confrontação militar e política.


Segundo ele, essa atitude irá provocar uma maior "convulsão social" no país. As pessoas estão esperando a solução do problema do emprego, da saúde, da moradia, das vias de comunicação, corrupção e do paramilitarismo que continua assassinando a população "com a complacência e a bendição do senhor Álvaro Uribe".

Uribe foi reeleito presidente da Colômbia no último dia 28 de maio numa eleição que obteve índice recorde de abstenção. Considerado o principal aliado do governo estadunidense de George W. Bush no continente, o apoio ao seu governo se baseia justamente em políticas de segurança que usam o pretexto do combate ao tráfico para abafar a guerrilha. O Plano Colômbia recebe bilhões de dólares dos EUA anualmente.


Da Redação
Com agências.