Toledo: não deixo “bomba-relógio” para García

O presidente do Peru, Alejandro Toledo, afirmou ontem, após reunião realizada na sede governamental, que seu governo não deixará "nenhuma bomba-relógio" a seu sucessor. Pelo contrário, segundo ele, Alan García encontrará &quo

O líder do Partido Aprista Peruano (PAP) ter recebido suas credenciais como presidente constitucional. Toledo disse aos jornalistas que a conversa com García foi "muito amigável, democrata e produtiva" e combinaram os passos da transferência de poder.


O governante em fim de mandato acrescentou que instruirá a seus ministros para que entreguem todos os documentos sobre as obras feitas para a nova administração. Ao concluir a visita, o presidente acompanhou seu sucessor até as escadarias do pátio principal do palácio governamental, onde apertaram a mão e cumprimentaram os jornalistas.

Toledo destacou que seu sucessor encontrará um país com US$ 15 bilhões de reservas internacionais e cerca de US$ 20 bilhões em exportações. No entanto, disse que ainda há "muito a fazer". O governante parabenizou García e os congressistas de seu partido por terem declarado explicitamente seu apoio ao Tratado de Livre Comércio (TLC) assinado com os Estados Unidos, que ainda precisa ser ratificado pelos Parlamentos dos dois países.


Toledo lembrou que a aprovação do acordo bilaterial com os EUA na Comissão de Relações Exteriores do Congresso peruano está pendente, antes que seja debatido pelo plenário do legislativo. O Congresso concluirá suas funções em 28 de julho, para dar vez ao Parlamento eleito nas eleições de abril, enquanto o Congresso dos EUA entrará, nas próximas semanas, em uma etapa pré-eleitoral.


Segundo a agência Andina, o encontro entre Toledo e García teve dois períodos, o primeiro com a presença do ex-presidente do Conselho de Ministros e atual congressista Carlos Ferrero, o secretário-geral do Peru Possível, Javier Reátegui, e o assessor presidencial Juan Sheput. Posteriormente, Toledo e García conversaram em particular sobre o processo de transferência de comando e as polêmicas nomeações realizadas nas últimas semanas.


Duas horas antes García recebeu a credencial de presidente constitucional entregue pelo Jurado Nacional de Eleições (JNE), em cerimônia realizada na Biblioteca Nacional do Peru. O presidente eleito prometeu corrigir os erros do passado, em alusão a sua gestão anterior (1985-90), e estendeu a mão a todos os partidos depois de prometer austeridade em seu futuro governo.

Alan García assumirá o cargo presidencial em 28 de julho, 21 anos depois de ter tomado posse pela primeira vez no Peru. Ele venceu o segundo turno disputado com o tenente-coronel Ollanta Humala, do União Pelo Peru (UPP) e presidente do Partido Nacionalista Peruano, que havia vencido o primeiro turno.


Da Redação
Com agências