Bolívia: Sanchez de Lozada furtou US$ 100 milhões

Um vídeo exibido ontem, quarta-feira (21) no Congresso boliviano mostra um grupo de pessoas tirando grandes quantidades de dinheiro do Banco Central. O furto teria ocorrido nos últimos dias do governo do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, em 2003

Segundo Humberto Equiapaza e René Ramos, deputados do Movimento ao Socialismo (MAS), o saque, que seria de pelo menos US$ 100 milhões, foi organizado pelo ex-presidente Sánchez de Lozada (1993-97) e membros de seu governo no final da administração. Eles informaram que o dinheiro foi retirado do Banco Central entre os dias 13 e 16 de outubro de 2003, quando Sánchez de Lozada enfrentava uma grave crise política e gigantescas manifestações populares – lideradas pelo então líder cocaleiro Evo Morales. Ele fugiu do país em 17 do mesmo mês direto para os EUA.

O dinheiro do Banco Central só poderia ser sacado por ordem expressa do então ministro da Fazenda, Javier Comboni, que teria envolvimento direto na operação ilícita. Segundo os parlamentares, o dinheiro foi dividido entre membros do regime de Sánchez de Lozada.

 

O vídeo mostra pessoas não identificadas retirando dinheiro em carrinhos de supermercado e em sacos plásticos de lixo. Os deputados afirmam que o dinheiro era transportado para um destino não identificado em carros oficiais.

 

Goni, como é conhecido no país, vive nos EUA até hoje. Ele foi um dos principais aliados do império durante a década de 90 e cumpriu determinantemente a cartilha neoliberal no país. Agora, o governo de Evo Morales procura trazê-lo de volta à Bolívia para que seja devimente julgado. Não só pelos furtos mas também pelas mortes de civis bolivianos promovidas pela polícia durante as manifestações.

Da Redação
Com agências.