Marcha pela Educação termina hoje

A Marcha pela Educação, iniciada na última quinta-feira por professores e funcionários da rede estadual de ensino, está chegando em sua reta final.

Hoje, os participantes devem completar o percurso de cerca de 120 quilômetros de Ponta Grossa a Curitiba, com chegada prevista à frente da Catedral Metropolitana, na Praça Tiradentes, às 10h30.

No fim da manhã de ontem foram finalizados aproximadamente cem quilômetros de caminhada, quando os marchantes chegaram ao Monumento Antônio Tavares, na BR-277, sentido Curitiba-Campo Largo. No local, demonstrando bastante cansaço, eles almoçaram e realizaram um ato público no qual relembraram suas reivindicações. "A marcha está sendo puxada. Muitos professores e funcionários de escolas estão com bolhas nos pés e sentem dores nas pernas. Porém, o esforço ainda é pequeno se comparado ao que realizamos diariamente em nossas profissões. Nas escolas da rede estadual, trabalhamos com salas de aula superlotadas e convivemos com a falta de funcionários", revelou a funcionária de escola e integrante da direção da APP-Sindicato, Silvana Prestes.
Através da caminhada, os trabalhadores da educação querem chamar a atenção do governo do Estado e da sociedade para suas principais necessidades. Os docentes reivindicam equiparação salarial com outros servidores públicos que têm o ensino superior como exigência de carreira e os funcionários solicitam que lhes seja criado um plano de carreira. Em todo Paraná, de acordo com a APP-Sindicato, são cerca de 20 mil funcionários de escolas e 60 mil professores ativos e aposentados. "Para que nosso salário seja equiparado ao de outros funcionários públicos de nível superior precisamos de reajuste salarial de 56,54%. Porém, estamos dispostos a negociar com o governo, inclusive nos mostrando abertos a propostas de parcelamento", disse o coordenador da direção da APP-Sindicato, Luiz Carlos Paixão.

Hoje, após a chegada à Catedral Metropolitana, os participantes da marcha devem se dirigir ao Palácio Iguaçu, onde irão tentar uma audiência com representantes do governo. À tarde devem acompanhar, na Assembléia Legislativa (AL), a votação de projetos que atendem suas reivindicações.

Fonte: Cintia Végas – Paraná-Online