Aprovação de Michelle cai 11 pontos

Pesquisa revela queda na aprovação à gestão da presidente de 67% em maio para 56% agora. Aos cem dias de governo, gabinete também foi mal avaliado. Cerca de 74% acham que equipe deve mudar.

O gabinete em que a presidente chilena Michelle Bachelet pretendia mesclar políticos com experiência e "caras novas" foi mal avaliado ao completar os primeiros cem dias de seu governo, segundo pesquisas divulgadas no último domingo. A maioria dos entrevistados considera que a governante deve ajustar o gabinete agora, já que o atual não foi capaz de mostrar eficiência nos primeiros dias de governo. As pesquisas foram encomendadas pelos jornais chilenos "La Tercera" e "El Mercurio".

No caso da sondagem do "La Tercera", 74% dos ouvidos acham que a presidente deve trocar o gabinete, enquanto 22% acredita que ela deve manter a atual equipe de colaboradores. A pesquisa do "El Mercurio" revela que 60,6% dos entrevistados são favoráveis à troca de alguns dos 20 ministros e 32,2% acham que ela deve manter a equipe como está. O desempenho dos ministros foi mal avaliado por 48% dos entrevistados na pesquisa do "La Tercera", que também mostrou uma queda de 11 pontos na aprovação à gestão da presidente, de 67% em maio para 56% agora.
O levantamento do "El Mercurio" não mostra dados sobre a aprovação do governo de Michelle, a primeira mulher na história do Chile a chegar à Presidência. De acordo com ambas as pesquisas, a perda do apoio é atribuída ao mau desempenho da presidente e de sua equipe de colaboradores frente à maciça mobilização das centenas dezenas de milhares de estudantes secundaristas – que se prolongou por mais de um mês, tendo terminado há dez dias. A mobilização começou timidamente no início de maio, mas foi ganhando força até colocar em xeque o governo, com paralisações nacionais às quais aderiram mais de 1 milhão de estudantes e professores.

Diante da pressão, a presidente cedeu à parte das reivindicações que exigiam uma profunda reestruturação da educação pública além de mais recursos econômicos. A pesquisa do "La Tercera" ouviu 1.011 pessoas com mais de 18 anos em todo o Chile e tem uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais. A do "El Mercurio", por sua vez, foi realizada apenas em Santiago e tem um nível de confiança de 95%.

Da Redação

Com agências.