Marcelo Gavião é eleito o novo presidente da UJS

Na tarde deste domingo, cerca de 1 mil jovens reunidos na Universidade de Brasília elegeram a nova direção da UJS. À frente, está Marcelo Gavião, ex-presidente da UBES, que, em entrevista ao Vermelho declarou que as metas

Marcelo Gavião acaba de ser eleito o novo presidente da União da Juventude Socialista. O 13º Congresso da UJS, encerrado nesta tarde, elegeu também a nova direção da entidade, composta por 53 membros. Ao todo, cerca de 1.300 pessoas, das quais 1.000 delegados, participaram do maior congresso da história da entidade durante quatro dias, quando houve debates, conferências, apresentações culturais, atividades esportivas e de lazer. A plenária final consolidou discussões feitas nos grupos de debate de sexta. Em breve, a UJS vai divulgar o documento final aprovado durante a plenária.

 

“A nova direção eleita hoje tem a obrigação de dar continuidade à trajetória que a UJS vem cumprindo”, disse Marcelo Gavião, já como presidente eleito. “Wadson Ribeiro foi um excelente presidente e esteve à frente de nossa organização por cinco anos”. Durante sua gestão, a UJS saiu de 15 mil para 70 mil filiados em todo país o que, para Gavião, “não é pouca coisa levando em conta as dimensões continentais do Brasil e as características políticas de nossa sociedade”.

 

Novos desafios

 

Gavião explica que o principal desafio imediato da UJS é trabalhar pela reeleição de Lula. “Vamos enfrentar uma batalha eleitoral em que a UJS tem de assumir a tarefa de ser a principal juventude na base de Lula e ser protagonista da luta pela reeleição”. Em seguida, explica, a meta é potencializar a luta da entidade com vistas ao socialismo. Para isso, o dirigente juvenil salienta que é preciso “abarcar a ampla maioria da juventude brasileira, ou seja, há cerca de 40 milhões de jovens brasileiros que precisam conhecer a UJS e a entidade precisa, como diz o nosso manifesto, ganhar corações e mentes para a luta em defesa do socialismo”.

 

O novo presidente da UJS adverte, no entanto, que a disputa eleitoral é essencial neste momento. “O quadro pós-eleição pode apontar-nos dois cenários distintos para esta direção que toma posse hoje. A derrota de Lula apresentaria para a UJS uma quadra de desenvolvimento da luta política muito adversa”, explica, ressaltando que hoje a UJS tem interlocução com o governo “a ponto de o presidente da República prestigiar nosso congresso. Sabemos que para mudar o Brasil precisamos de duas coisas: reeleger Lula e mobilizar a sociedade para poder alcançar as mudanças”.

 

Gavião lembra que “a rebeldia e a capacidade de se indignar talvez seja a principal característica da juventude. Ela sempre acha que pode melhorar as coisas. A UJS quer pegar toda essa rebeldia e canalizar isso para a luta em defesa do socialismo”.

 

De Brasília,
Priscila Lobregatte