Protesto pára capital de Bangladesh e termina em conflito

Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas neste domingo em conflitos de rua entre a polícia e ativistas da oposição na capital de Bangladesh, Dhaka.

Os manifestantes enfrentaram a tropa de choque na região de Kanchpur, atirando pedras. Os policiais usaram gás lacrimogêneo e bastões e detiveram cerca de 50 pessoas. Pelo menos 70 ficaram feridas, incluindo o ex-chefe do Exército K.M. Shafiullah, que apóia a oposição. Os manifestantes conseguiram bloquear a passagem de automóveis para fora da capital. Quando o bloqueio de nove horas terminou, a oposição convocou uma greve de 36 horas, a partir de 6h de terça-feira. Mas mais protestos estão marcados para antes disso, na segunda-feira.

"Estamos convocando uma greve de dois dias em protesto contra as duras e bárbaras ações da polícia no domingo", disse o secretário-geral da Liga Geral Awami, Abdul Jalil.
Em comunicado, o chefe Awami, Sheikh Hasina, parabenizou a população de Bangladesh pela "manifestação de sucesso contra o governo repressivo, desafiando as atrocidades da polícia". O ministro de assuntos parlamentares e jurídicos, Moudud Ahmed, disse, em referência à Suprema Corte: "Infelizmente a oposição continua sua campanha de destruição e violência, apesar da determinação legal contra estas atividades." "Esperava-se que todos honrassem as decisões da corte", disse.

Em comunicado ao parlamento neste domingo, o ministro do Interior, Lutfuzzaman Babar, disse: "Em nome do bloqueio, a oposição recorreu à anarquia, então a polícia teve que agir para proteger a propriedade pública". Manifestações e bloqueios em diversas outras cidades do país também terminaram em conflitos com a polícia. A tensão na capital de 10 milhões de habitantes continuava alta, mas o transporte começou a voltar às ruas depois dos protestos. Em Kanchpur, na estrada entre Dhaka e Chittagong, centenas de pessoas das aldeias locais participaram das manifestações, forçando a polícia a recuar momentaneamente.

Com agências