Indústria patina em abril: 6 rediões sobem, 6 caem

A indústria brasileira patinou em abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de produção Física do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada hoje (9). Seis das 14 regiões pesquizadas caíram de produ&cced

Santa Catarina (-10,2%), Amazonas (-9,0%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Paraná (-6,3%), Goiás (-4,9%) e São Paulo (-1,2%) tiveram queda em abril. O Amazonas, que vinha puxando os índices de crescimento, graças ao dinamismo da Zona Franca de Manaus, teve o seu primeiro desempenho negativo em 12 meses.

Rio e Ceará mantiveram estabilidade em relação a março. Mas o Pará (10,2%), Pernambuco (8,6%), Bahia (5,2%), Espírito Santo (1,3%), Minas Gerais (1,2%) e a região Nordeste (1,2%) apresentaram expansão. A ausência de dois dias úteis em relação a abril do ano passado influiu na comparação.


Contraste com março

Ainda na comparação mensal, os resultados de abril contrastam com os de março, quando apenas dois locais apresentaram queda. A desaceleração entre março e abril atinge a maioria (treze) das quatorze regiões investigadas. Essa perda de ritmo no indicador mensal também foi apontada no índice nacional que registrou crescimento de 5,3% em março.

A desaceleração mais intensa no Amazonas (de 7,4% em março para -9,0% em abril), Ceará (de 12,7% para 0,0%) e em Santa Catarina (de 2,0% para -10,2%). O único local que mostra aceleração na produção, entre março e abril, foi Pernambuco (de 3,9% para 8,6%), resultado foi influenciado pelo crescimento atípico em produtos de metal, por conta de concessão de férias coletivas em abril de 2005, em uma importante empresa do setor.


No quadrimestre, avanço de 2,9%


Os índices regionais divulgados pelo IBGE apresentam equilíbrio no confronto com abril de 2005. Dos quatorze locais pesquisados, seis mostram crescimento e seis registram queda. Rio de Janeiro e Ceará mantêm estabilidade. Pará (10,2%), Pernambuco (8,6%), Bahia (5,2%), Espírito Santo (1,3%), Minas Gerais (1,2%) e região Nordeste (1,2%) mostram taxas positivas enquanto Santa Catarina (-10,2%), Amazonas (-9,0%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Paraná (-6,3%), Goiás (-4,9%) e São Paulo (-1,2%) apontam queda. Ressalte-se, nessa comparação, a influência da diferença de dias úteis entre abril de 2006 (18) e abril de 2005 (20).

O acumulado do ano, frente a igual período de 2005, mostra um predomínio de resultados positivos, que alcançam dez das quatorze áreas pesquisadas. Neste índice, a liderança do desempenho regional, em termos da magnitude do crescimento, permanece com Pará (12,0%), sustentada, sobretudo, pelo maior dinamismo observado na extração do minério de ferro. Com taxas acima da média nacional (2,9%) figuram, ainda: Ceará (7,8%), Bahia (6,3%), Minas Gerais (5,0%), Pernambuco (4,4%), Amazonas (3,9%), Rio de Janeiro (3,7%) e São Paulo (3,2%).


Nestes locais confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo do ano, marcado pelo dinamismo de segmentos articulados com bens de consumo duráveis e bens de capital, e de setores com presença importante nas exportações. A região Nordeste (2,9%), com taxa idêntica à média nacional, e Espírito Santo (2,0%) também registram crescimento, enquanto os demais locais apresentam queda: Goiás (-0,3%), Santa Catarina (-1,6%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná (-5,7%).