Depois da “greve dos pinguins”, popularidade de Michele cai 7 pontos

A popularidade da presidente chilena Michele Bachellet caiu 7,5 pontos percentuais entre abril e maio em conseqüência à “greve dos pinguins”, maiores manifestações estudantis em t

A queda ocorreu principalmente entre os jovens, de forma "consistente com o conflito estudantil que começou na segunda metade de maio", afirma a empresa. O índice de aprovação em maio ficou em 54,5 por cento. "É provável que o estudo não tenha conseguido captar todo o efeito do conflito, dado que a pesquisa se distribui de forma igual ao longo de todo o mês", afirmou o instituto.


Há um mês, um grupo de escolas de ensino médio deu início a uma paralisação. O movimento foi ganhando força nos dias seguintes, com o apoio dos professores e dos pais dos alunos, que exigiam reformas na educação. Na segunda-feira,
a “greve dos pingüins” (assim chamados devido aos uniformes azul-escuros e brancos dos secundaristas da rede pública) paralisou quase 1 milhão de estudantes, liderados por 600 mil alunos do ensino médio. Na terça (30), viveu um momento dramático, quando a polícia prendeu 730 jovens.

É a crise mais grave enfrentada por Michele desde que ela tomou posse em 11 de março. Segundo Adimark-Gfk, entre os jovens de 18 a 24 anos a aprovação do governo caiu 14,4 pontos percentuais e o índice de desaprovação subiu. "Até abril o grupo mais jovem era, de longe, o de maior apoio ao governo (70,8 por cento); agora, o resultado está semelhante ao dos grupos mais velhos".


Michele, que pertence à coalizão de centro-esquerda Concertación, foi eleita no segundo turno em janeiro deste ano. A pesquisa da Adimark-Gfk foi realizada nas 25 maiores cidades do país, com 1.013 entrevistados. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

Da Redação
Com agências internacionais