Invasores da Câmara serão indiciados como co-autores

Depois de passarem pelo Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito, os mais de 500 manifestantes do MLST (Movimento de Libertação dos sem Terra) presos no Ginásio Nilson Nelson, Brasília, vão assinar uma nota de culp

A informação é do comandante do Policiamento Regional do Distrito Federal, coronel Antonio Serra. Segundo ele, foi tranqüila a noite no estádio Nilson Nelson, onde os integrantes do MLST ficaram detidos depois de manifestação na Câmara.

Premeditação

Serra afirmou que houve premeditação dos atos. "Nós temos informações de que esses atos foram premeditados", disse. Segundo ele, houve, inclusive, exibição de imagens "ensinando como fazer" e na segunda-feira houve uma reunião em Brasília para preparar a manifestação.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, general Athos Costa, parabenizou a ação da polícia e disse que o Complexo Penitenciário da Papuda, presídio de Brasília, já tem preparada uma ala com capacidade para 300 pessoas, para o caso de ser preciso prender os manifestantes autuados. Segundo ele, essas pessoas só não serão encaminhadas à Papuda se houver alguma decisão judicial durante a tramitação do inquérito.

O MLST que invadiu o Congresso Nacional é o mesmo que no ano passado realizou uma manifestação no Ministério da Fazenda para exigir o desbloqueio de R$ 2 bilhões do orçamento da reforma agrária. O movimento surgiu em agosto de 1997 e é formado por militantes de esquerda e por ex-lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O MLST está organizado principalmente no estado de Pernambuco, e tem representantes em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Maranhão.

Com informações
da Agência Brasil