CNE discute inclusão de filosofia e sociologia no ensino médio

O Conselho Nacional de Educação (CNE) reuniu-se nesta quarta-feira, 7, com representantes de diversas entidades de educação, em Brasília. Eles pediram a votação da matéria que institui o ensino obrigat

Segundo Cesar Caligari, um dos três relatores do processo, desde o ano passado, o CNE está juntando esforços para rever as diretrizes curriculares do ensino médio. "A reunião foi importante para ouvir diretamente os argumentos. Agora faltam apenas detalhes para fechar o parecer", comentou.

Os argumentos enfatizaram o aprimoramento da formação estudantil com a inclusão das duas disciplinas nas séries finais da educação básica, que daria uma formação humanista e não só tecnicista; faria os estudantes compreenderem melhor os problemas sociais; e seria fundamental para a existência de um país soberano. Para Oswaldo Lemos, diretor de Relações Institucionais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o ensino de filosofia e sociologia na escola "contribuirá para o desenvolvimento social, político e educacional do país".

Lejeune Mato Grosso de Carvalho, vice-presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo e um dos líderes do movimento pela aprovação, esteve na tarde de hoje, 7, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. "A votação foi adiada, mas sinaliza aprovação. Espero conseguir agora o empenho do ministro em aprovar a matéria, o que ele já demonstrou antes", afirmou.

Participaram da reunião representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) e da Ubes.

Fonte: MEC