Líder taiwanês é criticado depois de ceder poderes

Líderes partidários da oposição e analistas políticos de Taiwan criticaram hoje a decisão de Chen Shui-bian, chefe de Estado local, de "ceder poderes" ao primeiro-ministro em razão das críticas que tem recebido p

Chen anunciou que procurará "tomar ciência", "conduzir reformas" e "ceder poderes" em uma coletiva de imprensa cedida na última quarta-feira, quando prometeu que ele e sua família iriam proceder "de acordo com os mais altos padrões éticos de comportamento".

Chen continuará conservando os poderes estabelecidos pela "constituição" e passará todos os outros poderes ao partido e às autoridades, de acordo com suas declarações.

Muitos líderes oposicionistas disseram hoje que Chen foi "forçado a ceder", mas continua responsável pela série de escândalos que cercam sua família e sua administração.

O líder do Kuomintang, principal partido da oposição, Ma Ying-jeou, disse que não é ruim para Chen "esclarecer-se", mas ele deve esclarecer o envolvimento dele e de sua esposa nos escândalos propalados nos últimos dias pela imprensa local.

Chang Hsien-yao, diretor do centro de pesquisa política do Partido do Povo Primeiro (PPP), de oposição, disse que a atitude de Chen foi resultado de uma luta de poder interna do seu Partido Progressivo Democrático.

"O PPP continua se opondo às políticas de Chen e clama pela sua renúncia", disse Chang. "Os escândalos devem ser julgados pela população", completou

Na última terça-feira o enteado de Chen foi detido por suspeita de tráfico de influência em uma empresa de propriedade do governo. Antes disso a oposição havia acusado a esposa de Chen de lavagem de dinheiro e uso ilícito de verbas públicas.

Com informações da agência Xinhua