China desafiará EUA como potência mundial, diz pesquisa

Os Estados Unidos vão perder sua posição de a única superpotência mundial na próxima década e meia, segundo uma nova pesquisa da Fundação Bertelsmann da Alemanha.

Na pesquisa feita com 10.250 pessoas no mundo todo, 57% disseram acreditar que os Estados Unidos serão uma potência mundial no ano 2020, comparados aos 55% que vêem a China neste posto. Atualmente, 81% acham que os Estados Unidos são uma potência mundial, contra 45% que acreditam que a China já atingiu esta posição. A pesquisa, chamada "Potências Mundiais no Século 21", foi conduzida pelos institutos Gallup e TNS Emnid em nove países – Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia, Reino Unido e EUA – entre outubro e dezembro de 2005. Foram feitas entre 1.000 e 1.500 entrevistas em cada um destes países.

 

A pesquisa mostrou que os próprios chineses estão confiantes de que ganharão influência no cenário global. Na China, 71% dos entrevistados disseram que seu país será uma potência mundial até 2020, comparados aos 44% que já consideram o país nesta posição hoje. Em comparação, 54% dos norte-americanos acham que a China será uma potência global em 2020 e 51% acham que o país asiático já é uma. A pesquisa mostrou que a Índia também deve surgir como potência mundial, com 24% dos entrevistados dizendo que o país chegará a esse posto até 2020, contra 12% que já considera os indianos como força global.

 

Além dos Estados Unidos, também deverão perder poder a Grã-Bretanha, a Alemanha, a França e o Japão, com 11 pontos, 6, 5 pontos e 5 pontos percentuais, respectivamente, nos próximos 15 anos. Entre os participantes da pesquisa dentro dos cinco países em declínio, somente os da França foram contra a tendência internacional e disseram que sua nação vai ganhar status até 2020 – 33% dos franceses consideram seu país uma potência mundial hoje em dia e 35% acham que será uma potência em 2020.

 

 

Com agências