Excesso de trabalho aumenta índice de suicídios no Japão

O número de suicídios no Japão aumentou em 2005, ultrapassando a marca de 30 mil casos pelo oitavo ano consecutivo – com o número de doenças graves e mortes causadas por excesso de trabalho também em alta.

O número de suicídios no Japão aumentou em 2005, ultrapassando a marca de 30 mil casos pelo oitavo ano consecutivo – com o número de doenças graves e mortes causadas por excesso de trabalho também em alta.
Estresse causado por trabalho não é um problema novo no Japão, onde a taxa de suicídios é a segunda maior do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia). Mas o reconhecimento oficial do assunto acontece com atraso. De acordo com números divulgados pela polícia, um total de 32.552 pessoas cometeram suicídio em 2005, mais do que os 32.325 do ano anterior, mas abaixo do recorde de 34.427 casos de 2003.

Mais de dois terços dos suicidas eram homens, e o principal motivo apresentado foram problemas de saúde causados por dificuldades econômicas. O número de suicídios ultrapassou os 30 mil em 1998, em meio a uma crise econômica, e permaneceu acima desse patamar desde então. Masahiro Yamada, professor da Universidade Gakugei de Tóquio que escreveu sobre a expansão das desigualdades financeiras no Japão, afirmou que grande parte do aumento no índice, desde 1998, é decorrente de homens na meia-idade ou mais velhos que foram demitidos.


A taxa de suicídios em 2004 foi de 25,3 para cada 100 mil pessoas, mostram dados governamentais. Segundo dados anteriores da Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice de suicídios no Japão foi de 24,1 para cada 100 mil pessoas em 2000, o segundo maior do Grupo dos Oito – atrás apenas da Rússia, com 39,4. As taxas dos outros países do G8 incluem 18,4 para a França e 10,4 para os Estados Unidos.
 
 
Com agências