Encontro em BH combate discriminação e violência contra mulheres

O Sesc de Venda Nova, na região Norte da capital mineira, foi o local escolhido para receber as participantes, que debatem temas e acompanham oficinas ligadas ao vários assuntos. O objetivo é alertar as autoridades para crimes cometidos contra mulheres, que vão desde a discriminação à violência, muitas vezes terminando até mesmo em morte.

O encontro conta com a participação de integrantes da Marcha Mundial das Mulheres, criada em 2000, no Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre. Trata-se de um movimento que acontece anualmente, em vários países, com o intuito de protestar contra abusos sofridos pelas mulheres. O evento em Belo Horizonte, que reúne cerca de 500 mulheres de todo o Brasil, tem o apoio da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT/MG).

Depois da abertura, na quinta, nesta sexta-feira foram formados grupos de discussões para analisar os seguintes temas: racismo, violência contra mulheres, sexualidade, direito e cidadania urbana e reforma agrária. Neste sábado, prosseguem os debates e as oficinas, com o encerramento marcado para domingo, às 17h, no Sesc, quando será traçado o plano de lutas para 2006/2007.

Grupos feministas vão lançar uma moção de repúdio a atos de violência contra as mulhares, combatendo também a discriminação, precariedade no trabalho, desigualdade social e um tema que vem sendo muito discutido nos últimos dias, o tráfico sexual.

Segundo Elza Ilza, representante da CUT, o texto para a moção foi baseado em um depoimento de uma participante, no qual ela relata a história de uma mulher trabalhadora rural, assassinada em Brasilândia, no Noroeste de Minas Gerais, depois de ter sofrido vários tipos de violência do marido. O corpo foi encontrado no dia 6 deste mês, em uma sisterna.