Argentina projeta longo período de expansão econômica

A ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, disse que, “pela primeira vez em muitas décadas”, seu país “vislumbra a perspectiva de crescer de forma sustentada por um longo período”.

Na abertura do 22° Congresso Latino-americano de Comércio Exterior, organizado pela Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban), Miceli reiterou que, graças às políticas aplicadas pelo governo, "existem perspectivas de crescimento por um longo período". Em seu discurso, a ministra destacou que o superávit fiscal que a Argentina tem hoje "é o mais alto das últimas décadas" e acrescentou que "para este governo, o superávit é uma meta prioritária, e não uma variável de ajuste".

 

Após a grave crise que abalou o país no final de 2001, resultado das políticas neoliberais, nos últimos três anos o Produto Interno Bruto (PIB) argentino cresceu a uma taxa próxima de 9% ao ano, a mais alta da América Latina, com níveis recordes de produção agrícola e industrial, e expressivo superávit nas contas do Tesouro e do comércio exterior. "Pela primeira vez em muitas décadas, a Argentina tem a perspectiva de crescer de forma sustentada por um longo período, no qual os ciclos econômicos (de altos e baixos) que caracterizaram nossa economia no passado serão moderados pelo efeito das políticas fiscais e monetárias anticíclicas", afirmou Miceli.

 

"Desde janeiro, os excedentes fiscais arrecadados no orçamento estão sendo economizados", lembrou a ministra, que acrescentou que o "novo modelo econômico" trouxe de volta os princípios básicos que "tinham sido deixados de lado na década passada". Segundo Miceli, os eixos centrais da política econômica oficial são "competitividade, prudência fiscal, autonomia financeira, inserção internacional, desenvolvimento tecnológico aplicado à produção e padrões educacionais que consolidem o processo de crescimento".

 

 

Com agências