Rumores de fraude ameaçam eleição peruana

As advertências sobre uma eventual fraude no segundo turno das eleições presidenciais no Peru têm crescido a ponto de gerar mal-estar ao país. Autoridades eleitorais insistem na transparência do proce

O candidato presidencial do Partido União pelo Peru (UPP), Ollanta Humala, reiterou esta semana as denúncias sobre uma possível fraude contra sua vitória nesta fase decisiva para a eleição. Durante um giro pelo centro do país, o tenente coronel aposentado expressou seu temor de que o Partido Aprista Peruano (Apra), Alan García, utilizará métodos ilegais para conseguir vencer a votação.

 

Ele pediu a seus seguidores maior unidade para garantir a isenção da eleição. Deste pleito estão convocados quase 16,5 milhões de peruanos maiores de 18 anos.

 

García conseguiu chegar ao segundo turno depois de superar os votos de Lourdes Flores, da Aliança Unidade Nacional, pela estreita margem de 64 mil votos no primeiro turno que aconteceu em 9 de abril.

 

O Jurado Nacional de Eleições (JNE) advertiu que serão impostas penas de prisão, multas e inabilitação da função de autoridades públicas, militares e policiais que violarem as normas que garantem a transparência e honestidade do processo eleitoral.

 

Essas sanções serão impostas aos funcionários que obriguem, em abuso de seus cargos, a um eleitor a realizar um ato que favoreça ou prejudiquem a determinado partido ou candidato. Entre as medidas se contam a pena privatiza de liberdade por não menos de dois nem mais de seis anos, assim como a inabilitação da função pública de um a três anos.

 

A chefa da Oficina Nacional de Processos Eleitoral (ONPE), Magdalena Chú, assegurou que o resultado será um fiel reflexo da vontade popular. Ela destacou que para evitar deficiências e incidentes ocorridos durante a jornada de 4 de junho trabalham em coordenação com as demais organizações eleitorais, integrantes da sociedade civil, partidos políticos e observadores nacionais e internacionais.

 

Toda atividade relacionada com o processo eleitoral foi e será publica, não escondida e estará apegada ao que manda a Lei Eleitoral, disse. Entretanto, o presidente da JNE, Enrique Mendoza, pediu a Humala apresentar provas ou indícios da possível fraude. “Existem garantias suficientes para que não haja uma irregularidade sistemática ou ampla. Os erros não devem se confundir com situações de trapaças ou engano. Isso não é possível pois o controle é bastante estrito”, disse.

 

Segundo Mendoza, o organismo eleitoral está disposto a receber qualquer indício de fraude para submetê-lo a auditoria. Ele pediu aos partidos que exijam de seus membros a fiscalização atenta dos membros da mesa.

Da Redação
Com agências.