Venezuela formaliza saída do Grupo dos Três

O ministério de Relações Exteriores da Venezuela emitiu ontem um comunicado oficial onde formaliza a saída da Venezuela do Grupo dos Três (G-3), da qual participava junto com o México e a Colô

Publicado 23/05/2006 11:53

No último programa Alô Presidente, de domingo passado, o presidente Hugo Chávez afirmou que com a retirada espera agilizar sua entrada no Mercosul. Segundo o líder da Revolução Bolivariana, o ministro para a Integração e Comércio Exterior, Gustavo Márquez, se encontra em Buenos Aires para participar da primeira reunião de trabalho para o ingresso definitivo do país no grupo como membro pleno. O G-3 entrou em vigor em 1995.

Veja a íntegra do texto:

“Tal como foi anunciado pelo presidente da República Hugo Chávez, nosso governo tomou a decisão de denunciar o Acordo de Complementação Econômica No 33 (G-3) de conformidade com o que dispõe o artigo 23-08 do mesmo”.

“Longe de representar um acordo de complementação, como o que expressa seu enunciado, nos encontramos com um Tratado de Livre Comércio, concebido nos anos em que predominou em nosso país, assim como em todo o mundo, uma visão neoliberal que somente visava o interesse comercial, sem que se preocupasse, como deve ser, com a sorte de nossos povos”.

“A nova orientação que, já não apenas Venezuela senão outros países irmãos, tem se definido em matéria de integração, sustentada em critérios de complementação, cooperação e solidariedade, mais que de competência em nossas nações, assim como o respeito à soberania, está abrindo um caminho que responde às aspirações históricas de nossos países”.

“Tal como tem se expressado em diversos eventos internacionais pela grande maioria de nossos chefes de Estado, somente com a união de nossas nações, seremos levados em conta nos cenários internacionais, enquanto que divididos, nos marginarão e nos marginam”.

“Essa união é uma reclamação ancestral que arranca desde os dias inicias nossa independência. Mas a mesma nunca poderá alcançar através dos chamados Acordos de Livre Comércio, sustentados na competência entre economias com enormes desigualdades como as que existem entre nossos países e as grandes potências econômicas e militares”.

“Mais ainda, somente uma visão e um propósito social da integração poderá aspirar apoio dos povos como seus principais beneficiários. É com esta visão e este esforço que a Venezuela está firmemente comprometida, acatando assim o mandato da nossa Constituição e a aspiração crescente dos povos da América Latina e Caribe”.

As informações são da
Agência Bolivariana de Notícias (ABN)