Teerã reafirma que não produzirá armas atômicas

Porta-vozes iranianos, dentre os quais o chanceler Manuchehr Mottaki, reiteraram hoje que a República Islâmica não tem qualquer interesse em construir armas atômicas, e isso não implica em abandonar o direito de desenvolver um pr

Mottaki afirmou em declarações públicas que seu país "não cederá em seus direitos sob nenhuma circunstância", horas antes de uma reunião de diplomatas de alto nível, dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e da Alemanha, em Londres, para examinar a questão.

Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, que integram o Conselho de Segurança de maneira permanente, mais a Alemanha, participarão de um grupo negociador europeu tripartite para discutir a questão.

A heterogeneidade do Conselho é reiterada nas posturas dos EUA, da China e da Rússia. Washington propõe sanções duras contra Teerã, enquanto Moscou e Pequim procuram saídas que respeitem o direito iraniano de desenvolver energia nuclear, uma necessidade para os planos do país de desenvolvimento econômico.

A reunião deve tratar também de um tema polêmico que é a garantia que o Irã pede para que não seja agredido pelos Estados Unidos, com eventual apoio de Israel.

Rússia e China se opõem ao uso da força militar, uma possibilidade que os EUA mencionam com muita freqüência, para incômodo dos dois estados, que têm boas relações com Teerã, inclusive cooperando com os iranianos no campo atômico.

Uma empresa russa está encarregada da construção da primeira central eletro-nuclear iraniana, enquanto Pequim espera beneficiar-se da eletricidade que essa usina vai gerar, quando entrar em funcionamento, lembraram os funcionários iranianos.

O clima se fechou ainda mais após as declarações de autoridades sauditas sobre alegados temores do reino árabe ante a possibilidade de o Irã desenvolver armas atômicas.

A elocubração foi rechaçada pelos porta-vozes iranianos, que disseram que a República Islâmica tratou levantar laços de confiança na zona, inclusive explicitou seu apoio à criação de uma área livre de armas atômicas no Oriente Médio.

Mesmo assim, destacaram a existência de armas nucleares em Israel, que o governo estadunidense finge não ter conhecimento e outras potências afins que evitam mencionar o programa militar de armas atômicas israelenses.

Com informações da Agência Prensa Latina