Oliver Stone fará filme sobre golpe de 2002 na Venezuela

No Festival de Cinema de Cannes, o cineasta americano Oliver Stone e o produtor inglês John Daily vão anunciar a realização de um filme sobre o golpe de abril de 2002 na Venezuela. A informação, revelada neste domi

Stone e Daily "me telefonaram esta manhã para pedir autorização. Dissemos a eles que estamos interessados", disse Chávez em seu programa transmitido por rede de rádio e televisão Alô Presidente.

Chávez contou que Daily chegou a viajar à Venezuela há alguns meses e que os dois conversaram. Disse que ambos vão anunciar em Cannes a realização de um segundo filme sobre os desaparecidos da América do Sul e que estrearão em setembro um outro sobre os ataques terroristas nos Estados Unidos.

"Não sei que nome vão dar ao filme sobre a Venezuela, mas é sobre o golpe de Estado”. Uma manobra golpista tirou Chávez do poder por 47 horas em abril de 2002. O governo dos Estados Unidos estava por trás da trama.

Carreira própria – Reconhecido pelo talento com que trata de temas políticos no cinema, Stone venceu o Oscar de melhor diretor por Platoon e Nascido em 4 de Julho. Os dois filmes abordam os impactos da Guerra no Vietnã. O cineasta serviu no conflito, onde ganhou a Estrela de Bronze de Honra ao Mérito.

Em 2004, lançou seu primeiro documentário — Procurando Fidel —, uma biografia fílmica do estadista cubano Fidel Castro, a quem entrevistou por 37 horas.

11 de Setembro –
Ainda neste domingo, o Festival de Cannes exibiu 20 minutos do novo filme de Stone, World Trade Center, sobre os atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.

Protagonizado por Nicolas Cage, o longa-metragem descreve o dramático dia de dois policiais que ficaram presos em uma das duas Torres Gêmeas atingidas pelos aviões dos terroristas em Nova York. A estréia do filme nas bilheterias dos cinemas americanos está prevista para 9 de agosto, um mês antes do quinto ano dos atentados.

A exibição do fragmento do filme — que terminou com uma cena espetacular de uma das torres se desmoronando — precedeu a de Platoon, dirigido por Stone em 1986.

"A luta destes últimos 20 anos foi explicar a história de pessoas que viram as coisas com seus próprios olhos, seja no Vietnã, nos desertos do Iraque ou entre os escombros do World Trade Center", indicou o cineasta.

"A história se constrói a partir da memória coletiva das pessoas, e tem sido uma grande sorte trabalhar com elas", acrescentou.