Questões em debate no Conselho Mundial da Paz

Um vigoroso debate ocupou o primeiro dia de reunião do Comitê Executivo do Conselho Mundial da Paz (CMP), nesta sexta-feira (19/05) em Brasília. Em discussão, temas como a ONU, o novo governo italiano e a relação ent

Os debates mantiveram o clima de fraternidade que se espera de militantes da causa da paz, sem prejuízo da vivacidade e contundência. O eurodeputado grego Athanasis Páfilis (foto, à esq.), ao falar do governo Romani Prodi na Itália destacou que são as mesmas forças que, em 1999, apoiaram a agressão da Otan na Iugoslávia. Domingos Lopes, do Conselho Português para a Paz e Cooperação, contestou que, seja quem for, Prodi prometeu retirar em curto prazo as tropas italianas do Iraque, agregando que nesta luta “há muitas cores e não apenas preto e branco”.

Outros pontos polêmicos

Os outros pontos polêmicos seguiram o mesmo padrão. É o caso de se considerar a Organização das Nações Unidas como já definitivamente adaptada ao sistema hegemônico dos EUA? Ou existe um espaço de disputa na ONU? E o imperialismo norte-americano, deve ser destacado como o grande alvo dos movimentos pela paz? Ou será mais preciso colocar ao seu lado outras potências imperialistas, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão?

Socorro Gomes, a presidente do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), vê as controvérsias como positivas, “um debate extremamente rico, uma discussão de qualidade”. Ela observa que sem debate não haveria como o movimento avançar. E vê nas discussões em Brasília o desdobramento da reunião anterior do Comitê Executivo, no ano passado, em Chipre.

Estão presentes na reunião representantes dos seguintes países:

Ásia:
Palestina
Iraque
Japão
RPD da Coréia

Europa:
Portugal
Grécia
África:
Angola
Zimbábue

Américas:
Argentina
Brasil
Cuba
Estados Unidos

De Brasília,
Bernardo Joffily