Violência adia passeata de metalúrgicos contra a Volks

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (São Paulo) decidiu na terça-feira (16) suspender temporariamente passeatas contra o plano de reestruturação da Volkswagen no país. O adiamento dos movimentos de rua – que parariam a re

"Em reunião com os funcionários, chegamos à conclusão que seria muito perigoso colocarmos nossas famílias nas ruas. Não é sensato envolver mulheres e crianças num momento tão difícil quanto este que vivemos", argumentou o vice-presidente do Sindicato, Francisco Duarte de Lima, o Alemão. "Até pensamos em manter a passeata sem as famílias, mas abortamos a idéia porque o movimento perderia o sentido."

O receio de funcionários da Volks e sindicalistas em relação à segurança aumentou na noite de segunda-feira – às vésperas da reunião que decidira os rumos do movimento de protesto –, quando membro do PCC determinaram o fechamento de bares, restaurantes e supermercados no entorno da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.

"Um grupo (do PCC) passou e mandou fechar tudo. Um toque de recolher. Essa total falta de segurança nos fez desistir. A coisa está feia. Se a situação melhorar, na próxima semana que vem volta a articular a passeata", acrescentou Alemão.

Expectativa

Apesar de ainda não existir lista com a relação dos nomes dos trabalhadores que serão demitidos, 499 trabalhadores da Volkswagen – que compõe o CFE (Centro de Formação de Estudos) acreditam que perderão o emprego a partir de 21 de novembro, quando vence o acordo de estabilidade na montadora da empresa em São Bernardo.

Apesar de ainda não existir lista com a relação dos nomes dos trabalhadores que serão demitidos, 499 trabalhadores da Volkswagen – que compõe o CFE (Centro de Formação de Estudos) acreditam que perderão o emprego a partir de 21 de novembro, quando vence o acordo de estabilidade na montadora da empresa em São Bernardo.

O CFE surgiu paralelamente ao programa Autovisão – um projeto da Volkswagen para fomentar negócios e gerar empregos. A iniciativa também visava a absorção da mão-de-obra de ex-empregados da montadora e também de trabalhadores sem relação direta com a empresa.

A empresa ainda mantém seis operações em andamento, com a geração de 224 empregos, que beneficiam 4,2 mil famílias. No CFE, a empresa relaciona 30 cursos de qualificação profissional que são oferecidos aos trabalhadores em parceria com Senai, Senac e Sebrae. Entre estas iniciativas, destacam-se formação em webdesign, eletrônica, idiomas, gestão de produção, logística, entre outros.

Fonte: Diário
do Grande ABC