Oportunismo e Revanchismo: Problemas Crônicos

No artigo supra citado foi argumentado que o PCdoB havia capitulado e realizado alianças eleitoreira; argumentação infantil de leitura política, nosso Partido ao longo de seus 84 anos, sempre esteve ao lado dos trabalhadores, jo

Oportunismo e revanchismo: problemas crônicos

 

 

 

Direito de resposta ao Artigo sob o Título: “Capitulação e aliança eleitoreira” de autoria de Shyley Oliveira, do caderno Idéias e Opinião, Ano 14, número 571 de 13 a 19 de maio de 2006.

 

No artigo supra citado foi argumentado que o PCdoB havia capitulado e realizado alianças eleitoreira; argumentação infantil de leitura política, nosso Partido ao longo de seus 84 anos, sempre esteve ao lado dos trabalhadores, jovens e intelectuais na construção desta grande nação que é o Brasil. Partido que assume o que faz, realizando crítica e auto-critica, tendo coerência e nitidez na sua ação política.PCdoB
Não entender o aspecto histórico da vitória dos setores avançados e democráticos no país em 2002, não entender o atual estágio da correlação de forças políticas, não entender o caráter tático na luta pelo socialismo no capitalismo contemporâneo, não entender que em cada momento histórico existe uma consciência e coerência que são condicionadas historicamente e por fim, não entender o papel de um Partido Político de vanguarda do proletariado, seria até aceitável, se o artigo supra citado, não fosse de uma pessoa que nutri grande sentimento revanchista e de pessoalidade oportunista.
Mas vamos ao debate, ser participe de um projeto Político Nacional que tenha como eixo a Soberania, o desenvolvimento em toda sua amplitude e a ampliação da democracia nos marcos do capitalismo contemporâneo (neoliberal) tem caráter estratégico, joga o movimento social que a muito tempo estava em defensiva, à uma posição de resistência, posição que torna imprescindível alianças amplas, que envolva varias setores avançados da sociedade.
O momento é de acumulação de forças e não de dispersão, reunir essas forças na atual conjuntura não é capitulação, mas, ter clareza que o caminho para o socialismo é desenvolvido na realidade concreta e não “ideal”, não vivemos numa “MATRIX”, ou no “mundo da lua”. A vanguarda se constitui a partir de dois pólos: o Pensamento avançado e a capacidade de aglutinar grande parcela da sociedade. Como isso, o PCdoB elabora sua ação política tática, que, historicamente, é mas rica em alianças que empurram o movimento objetivo e subjetivo a construir uma nova objetividade, ou seja, indica a ação necessária para modificar a correlação de forças existente.
O PCdoB não descaracteriza-se quando compõem administrações públicas. Não teve envolvimento no escândalo do Mensalão, mesmo depois de varias CPI’s sobre o tema, não existe uma linha se quer mencionando o nome do Partido ou qualquer liderança.
O PCdoB é uno na ação política e na sua ideologia, mas, é rico e amplo na luta das idéias, sua Direção sintetiza o debate político dentro da realidade concreta, e propõem uma orientação que é discutida amplamente e deliberada nos fóruns, ou seja, suas opiniões são construída coletivamente.
A aliança com o Governo Waldez é tática e programática; tática, por entender o papel que este governo jogar no desequilíbrio da atua correlação de forças nacional e também no Estado para a recondução das forças avançadas ao centro do poder político no país (a Reeleição de LULA); programática, por ter a clareza que o único agente capaz de promover o desenvolvimento do Amapá é o Estado; o Governo Estadual e os municipais, ou seja, as entidades publicas com capacidade de grandes investimentos.
Uma outra demonstração de fragilidade na argumentação da senhora Shyrley Oliveira é presumir a opinião de um grande camarada que dirigiu nosso Partido nas décadas de 60, 70 e meados de 80, o camarada CHAGUINHAS, como se tivesse “procuração pós-morte” para fazer afirmações levianas, fragilidade também ideológica, vários momentos na sua vida, oscilou sua posição ideológica em beneficio próprio, isto sim, é a uma descarada e vergonhosa capitulação, não ter convicção coerente com a contextualização histórica.
Confesso que fiquei relutante em exercer o direito de resposta ao artigo por dois motivos: o já mencionado acima (toda irrelevância do artigo de sua autoria) e a velha amizade tenho pela ex-camarada, mas não ficaria tranqüilo em ver tal barateio desatinado, sectário e rancoroso, sem evidenciar a ex-camarada como se elabora uma tática para alcançamos o nosso objetivo estratégico, a construção a sociedade socialista.