Policiais Federais vêem rebeliões como “uma guerrilha urbana”

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Garisto, alertou, nesta terça-feira, às autoridades da área da Segurança Pública do Ceará para que adotem medidas preventivas contra a onda de reb

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Garisto, alertou, nesta terça-feira, às autoridades da área da Segurança Pública do Ceará para que adotem medidas preventivas contra a onda de rebeliões que atingiu os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Para ele, esse tipo de ação do crime organizado pode se espalhar pelo País, pois se constitui numa "guerrilha urbana".

"Isso é uma guerrilha urbana do crime organizado, que está querendo confrontar o Estado. Os governadores precisam acordar para esse risco, pois enquanto isso não for tratado dessa forma, nós vamos continuar perdendo a luta para os bandidos que, agora, caçam a polícia", desabafou Francisco Garisto, antes de deixar Fortaleza onde mora para, ainda hoje, na Câmara dos Deputados, participar de debate sobre a ação do crime organizado nas últimas horas no Brasil.

Segundo Francisco Garisto, o quadro é "grave" e exige que as autoridades recorram à ação de uma "força-tarefa de caráter nacional para enfrentar a bandidagem". Ele disse que nesse tipo de estratégia a Polícia Militar, a Polícia Civil, Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal precisam unir esforços. "Temos todos que deixar a vaidade de lado, deixar os partidos de lado e lutar contra um inimigo comum, que são os bandidos porque vivemos uma guerrilha urbana".

Francisco Garisto lamentou que o governo de São Paulo tenha feito resistências quanto à participação da Polícia Federal no enfrentamento da onda de rebeliões anotada naquele Estado, em vários presídios, e que resultou em mais de 70 mortos. "A Polícia Federal não é do PT e o governador de São Paulo diz que não queria ajuda e que está tudo sob controle. Os governadores de todo o Brasil precisam acordar e adotar medidas preventivas, porque essa onda, repito, vai se alastrar".

Indagado sobre o porquê de fazer esse tipo de previsão, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais foi objetivo: "O que estamos vendo é guerrilha urbana. Não tem nada a ver com criminalidade. A criminalidade é assalto e outras coisas. O que vemos é guerrilha, confronto com o Estado. Enquanto não se avaliar dessa forma, vamos continuar perdendo", acentuou Garisto.

Fonte: Noolhar.com