Juiz propõe gabinete de crise para segurança em SP

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Jorge Maurique, propôs hoje (15) a criação de um gabinete emergencial de gestão da crise de segurança em São Paulo, provocada pelos at

Segundo o último balanço divulgado pelo governo do estado de São Paulo, os ataques a unidades policiais e as rebeliões em presídios resultaram na morte de 52 pessoas e deixaram 39 feridos.

"Hoje ou amanhã"

"Que já se comece a trabalhar hoje ou amanhã se possível, verificando o que cada um pode dar, encontrando uma solução pelo menos paliativa para esse problema e que, a partir do trabalho conjunto e da focalização conjunta do problema, tenhamos soluções e não mais precisemos daqui a algum tempo pensar numa situação de caos como a que está se instalando em São Paulo", defendeu Maurique.

O juiz lembrou que em 2001 foi criado no país um gabinete de gestão de crise, à época para estudar medidas contra a falta de energia elétrica. Ele também defendeu a definição de medidas de soluções de curto, médio e longo prazos para que o poder público retome o controle das penitenciárias no estado de São Paulo.

Por trás, a superlotação

"Sem isso, se resolve essa crise e daqui a pouco, em dois, três, quatro meses teremos outra, com a população cada vez mais sacrificada", observou.

Na avaliação do presidente da Ajufe, por trás das rebeliões nos presídios estão problemas como a falta de vagas nos presídios, o que culmina na superlotação. Ele ressaltou que em São Paulo há cerca de 140 mil presos, "quase três vezes o número de detentos que as penitenciárias podem agüentar".

Fonte: Agência Brasil