Convenção do PMDB decide contra candidatura própria

A convenção extraordinária do PMDB decidiu neste sábado que o partido não terá candidato próprio ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro. Os governistas conseguiram uma vitória apertada. Foram 351 votos contra a c

A pequena diferença de 48 votos fez com que os oposicionistas deixassem o encontro ainda confiantes de que o PMDB terá um representante na disputa.

"Aqueles que falaram que iriam ter mais de 400 votos fugiram do plenário. Eles pagaram passagens, distribuíram ambulâncias, liberaram emendas e agora como vão explicar esse placar?", questionou o ex-governador Anthony Garotinho.

No início da convenção, os governistas calculavam que teriam 400 votos contra a candidatura própria. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos que fez essa conta, creditou a diferença no placar à votação secreta.

"Estava apostando numa diferença bem maior, mas como a votação é secreta a gente sabe que sempre acontecem traições", afirmou.

Para Geddel, o que importa agora não são os números, mas os fatos. "Para mim a decisão está tomada. Amanhã mesmo estou fechando as alianças na Bahia", afirmou. No Estado, o PMDB deverá ter uma aliança com PT, PSB, PDT e PV.

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que o resultado de hoje ainda pode ser contestado na justiça. O problema é o quórum da votação.

O placar pela candidatura própria não alcançou 2/3 dos convencionais, conforme determinação da última convenção do PMDB que aconteceu em 2004.

Para isso, os votos teriam que chegar a 438 e não os 303 conquistados. Os governistas defendem, no entanto, que o resultado foi válido porque o regimento interno do partido determina que o quórum deve ser de maioria simples, ou seja, metade mais um dos presentes.
Com agências